Estrada Viva: projeto contará com manual de diretrizes para as obras do Governo do Estado

Revista-Entrevias-Tamanduá-Rodovia

Os trabalhos para a implementação do novo formato do Projeto Estrada Viva, desenvolvido pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), da UEMS e de várias outras instituições do terceiro setor, estão a todo vapor.

A primeira etapa, desta reformulação, focou na elaboração de um plano de ação. Na última reunião realizada houve avanço importante quanto à efetiva implantação do Estrada Viva nos projetos das próximas obras.

É o que conta o diretor de empreendimentos viários, Dalvim Romão Cezar Junior, que aposta neste caminho para que a redução do índice de acidentes por atropelamento de animais ocorra nas rodovias do Estado. “Competirá à Agesul, durante as fases de desenvolvimento dos projetos e de execução das obras, a implementação das medidas de preservação, tanto de vidas humanas como da fauna de animais silvestres. A expectativa é que estas medidas sejam implantadas desde a concepção nos novos projetos em desenvolvimento, e para aplicação prática em algumas das obras já em execução, afim de terem sua funcionalidade validada durante a vida útil do empreendimento. ”

O diretor de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho, Pedro Celso de Oliveira Fernandes, explica que o Estrada Viva existe desde 2015, mas que agora vive um novo patamar, no qual a participação do terceiro setor, ou seja, das ONG’S potencializará as iniciativas em comum. “A reunião foi proveitosa, trabalhamos nessa área ambiental há muitos anos e o projeto estrada viva nasceu em 2015 para o monitoramento de fauna silvestre e agora receber um gás muito grande, depois que o secretário Riedel entendeu do alcance e do valor da iniciativa. É a célula principal, o ponto de partida, são parâmetros, trabalhamos junto para ter um manual de diretrizes”.

União pela Vida

Na reunião, em formato híbrido, realizada na sede da Seinfra/Agesul com integrantes do grupo Bonito Não Atropela, o diretor do Instituto de Conservação de Animais Silvestres, Arnaud Desbiez – Instituto de Conservação de Animais Silvestres. “O ICAS, junto com a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, trabalha desde 2013 para a conservação da fauna brasileira, hoje, com o Bonito Não Atropela, formada por um conjunto de ONG’s, alinhamos com a Agesul para implantar medidas mitigatórias e salvar vidas, e claro das pessoas que se acidentam. Estamos gratos por essa oportunidade de trabalhar em equipe junto com a Agesul, para atuar com a junção de dados e criar estratégicas”.

A bióloga Erica Saito também falou dos desafios em relação a este tema. “A questão de não ter medidas de mitigação para colisão na estrada é perigosa. Precisamos traçar uma estratégia, para reduzir essas colisões, protegendo a fauna a biodiversidade, essa parceria é proveitosa, traçando plano de ação, para deixar as estradas mais seguras”.

O Estrada Viva – a fauna pede passagem – é um programa permanente de monitoramento e ações de redução de atropelamento de animais silvestres nas rodovias MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359, desenvolvido desde 2016 em parceria com o Centro de Estudo em Meio Ambiente e Áreas Protegidas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Cemap/UEMS), cataloga as espécies atropeladas e identifica os principais pontos de passagem dos animais para propor medidas preventivas e de mitigação dos incidentes.

Desde abril deste ano, a iniciativa vive um momento diferente, ampliando sua participação e assertividade, com a participação de ONG’s e da comunidade científica para decidiu, além de ampliar o alcance do programa, e inseri-lo ‘literalmente’ no DNA dos projetos de infraestrutura que envolvem estradas e rodovias, conforme decisão do secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel.

“Essas medidas que estamos adotando precisam ser ampliadas tanto para a segurança humana como da nossa fauna silvestre. Quando usamos o diálogo como ferramenta para decisões, tudo flui de forma muito eficiente e é, por isso, que agora o Estrada Viva é composto pelo terceiro setor, que atua na ponta para a proteção animal, da comunidade acadêmica, por intermédio da UEMS, que tem feito uma pesquisa surpreendente e pela Agesul que vai incluir em seus projetos essas práticas, esses modelos de proteção animal. É uma iniciativa que nos dá muito orgulho”, acrescentou Riedel que é também biólogo de formação.

A assessora jurídica da Seinfra, incumbida da gestão do projeto nesta nova fase, Maria Fernanda Balestieri, acrescenta: “O olhar sensível é o ponto principal para a mudança desse cenário, tão alarmante e tão preocupante. Isso levou à adoção de uma política de empreendimentos viários sustentáveis que fará toda diferença, tanto para a segurança das pessoas quanto para a biodiversidade do nosso Estado. O Governo de MS tem uma programação grande de obras e os próximos projetos já contarão com as medidas de mitigação. É uma semente plantada”!

 

 

Fonte: Governo MS

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