Servidores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) paralisaram atividades, nesta terça-feira (11), nos câmpus de Campo Grande, Dourados, Aquidauana, Corumbá, Chapadão do Sul, Três Lagoas, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba e Ponta Porã.
Eram esperadas 200 pessoas na manifestação no câmpus da Cidade Universitária, em Campo Grande, mas, apenas 35 pessoas compareceram.
O grupo percorreu do Ginásio Moreninho até o estacionamento da Pró-Reitoria, a pé, de carro e caminhão de som, segurando bandeiras com o símbolo do sindicato.
Professores, técnicos administrativos, laboratoriais e de informática interromperam o expediente por um dia para manifestar em grupo. A paralisação ocorre a nível nacional, em todas as universidades e institutos federais do Brasil.
As atividades voltam ao normal a partir desta quarta-feira (12).
Por ora, não há previsão de greve, embora não esteja descartada, caso o Governo Federal não ceda às reivindicações da classe.
De acordo com o coordenador geral do Sista-UFMS, Lucivaldo Alves dos Santos, caso o Governo Federal e Parlamentares resistam em conceder reajuste salarial aos servidores, poderá haver greve.
“A questão da greve, se realmente houver esse endurecimento por parte do parlamento, por parte do governo em realmente resolver os problemas, não foge do nosso radar não. Se for possível, não sai do nosso radar a possibilidade até de estar incentivando para o nosso pessoal uma mobilização muito maior, que é para fazer uma greve”, revelou.
A integrante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Sista-MS), Adriana Maier, ressaltou que, por ora, o momento é apenas de paralisação por um dia e não de greve.
“Hoje é um dia de paralisação. A priori não é greve. A greve nós já fizemos e estamos aguardando a finalização do acordo, que é a questão financeira. Mas a priori não é greve. Hoje é somente paralisação. Hoje não tem aula em nenhum canto da federal aqui. A universidade está recebendo calouros. A gente não quer prejudicar os acadêmicos e nem a universidade. A gente só quer concluir e receber o direito que a gente tem perante a lei e aí trabalhar todo mundo junto”, disse.
Eles reivindicam por reajuste salarial de 14% a 26%, dependendo do cargo, para os anos de 2025 e 2026. Até o momento, as negociações com o Governo Federal não avançaram e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que previa o condicionamento, também segue indefinida.
A paralisação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Sista-MS) e Associação de Docentes da UFMS (Adufms).
Lucivaldo Alves ainda afirmou que o pedido de reajuste foi inserido na Medida Provisória e que, para valer, a Lei Orçamentária precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.
“O governo fez uma parte e agora falta essa segunda parte, que é a do Congresso Nacional, que é justamente uma mobilização para que os parlamentares se mobilizem para que realmente seja aprovada essa lei orçamentária. É só através dessa lei orçamentária que poderemos ter o nosso reajuste”, explicou.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, no ano passado, a UFMS enfrentou 100 dias de greve que afetou diversos cursos de graduação e pós-graduação, a partir de 1º de maio de 2024.
Com Correio do Estado Foto: Marcelo Victor