Movimentação política pode redefinir alianças e estratégias eleitorais para 2026 no estado
Thais Dias
O ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deu o primeiro passo em uma movimentação que pode alterar o tabuleiro político de Mato Grosso do Sul. Em reunião com 39 prefeitos tucanos nesta semana, no diretório estadual do PSDB, Azambuja sugeriu a possibilidade de assumir a liderança do PL no estado, ainda que não tenha confirmado oficialmente a decisão.
O encontro ocorreu em meio à preocupação de prefeitos do PSDB com a desintegração da aliança entre o partido e o Podemos, que impacta as estratégias para as eleições de 2026, tanto para Azambuja quanto para o atual governador, Eduardo Riedel (PSDB).
Nas redes sociais, Azambuja mencionou a reunião como um esforço para manter a “unidade grupal” e a coesão na definição dos rumos partidários. Apesar de negar uma decisão final, o ex-governador teria dito a prefeitos e parlamentares que “tudo está sendo preparado” para uma possível migração ao PL.
Cenário de transição
Enquanto as especulações avançam, Azambuja e Riedel mantêm o discurso de priorizar a coesão política em apoio à reeleição do governador, independentemente de mudanças de legendas. A expectativa é que os desdobramentos dessa transição sejam definidos até abril de 2026, prazo final para formalizar as alterações partidárias.
A possível entrada de Azambuja no PL pode fortalecer o partido no estado, enquanto o PSDB busca rearticular suas alianças. Se confirmada, a mudança promete reconfigurar as disputas políticas em Mato Grosso do Sul, com reflexos diretos nas eleições estaduais e municipais dos próximos anos.
Aguardam-se novos capítulos dessa negociação, que deve ganhar mais clareza nos próximos meses. Por enquanto, o jogo político segue em aberto, com os principais atores manobrando nos bastidores.