Governador Riedel e ex-governador Azambuja se reúnem com cúpula do PL em Brasília

Encontro com Valdemar Costa Neto e Rogério Marinho pode definir futuro político de Azambuja e fortalecer alianças de Riedel

Thais Dias

Mesmo com o cancelamento da agenda pública do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por recomendação médica, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se reúnem em Brasília com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o senador Rogério Marinho (PL-RN).

Esta não é a primeira vez que os tucanos se encontram com a cúpula do PL. Em maio, Bolsonaro participou de uma reunião na qual reforçou o convite para que ambos migrassem para o partido. Na ocasião, os dois afirmaram que só dariam uma resposta após a convenção nacional do PSDB, marcada para 5 de junho, que definiria a fusão com o Podemos – aliança que, no entanto, não se concretizou.

Fontes próximas ao PL indicam que Valdemar Costa Neto deve pressionar Riedel e Azambuja por uma decisão sobre a filiação. Há expectativa de que Azambuja deixe o PSDB para assumir a liderança do PL em Mato Grosso do Sul e dispute uma vaga no Senado em 2026. Já Riedel, que busca a reeleição, tende a migrar para o PP, partido da ex-ministra Tereza Cristina.

Estratégia eleitoral de Bolsonaro

Durante o encontro em maio, Bolsonaro destacou a importância da entrada de Azambuja e Riedel no PL para fortalecer o partido no estado. O ex-presidente também garantiu que, independentemente da decisão do governador, o PL apoiará sua reeleição.

“Com relação ao projeto nacional, Bolsonaro disse que o candidato a presidente pode ser ele e, caso não seja possível, espera contar com a gente para a construção de outro projeto contra a atual gestão”, revelou Azambuja na época.

Riedel, por sua vez, afirmou que está construindo uma ampla frente política para sua campanha, da qual o PL já faz parte. Atualmente, sua base inclui PP, PSD, PSB, Podemos, Republicanos e MDB.

Cenário em Mato Grosso do Sul

Se as articulações avançarem, a divisão de forças entre Riedel (PP) e Azambuja (PL) pode fortalecer a direita no estado. Enquanto o governador busca reeleição com apoio de Tereza Cristina, Azambuja pode comandar o PL e concorrer ao Senado, aumentando as chances de Bolsonaro eleger um aliado no estado.

Além disso, a mudança partidária garantiria mais tempo de rádio e TV, além de acesso ao Fundo Eleitoral, que em 2026 deve ultrapassar R$ 3,2 bilhões.

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Edição 252