Violência de gênero em debate: Câmara marca início do Agosto Lilás com dados chocantes e mensagem de esperança

Professora Dra. Patrícia Millani apresentou números alarmantes de feminicídios, enquanto autoridades reforçaram: ‘Nenhuma mulher está sozinha’.

Thais Dias

Na noite desta segunda-feira (4), a Câmara de Vereadores deu início às ações do Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência contra a mulher. O evento solene, proposto pelas vereadoras da Casa, reuniu autoridades, representantes de instituições e a comunidade para debater políticas públicas e fortalecer a rede de apoio às vítimas.

A mesa de autoridades contou com a presença da procuradora e vereadora Evalda Reis, da vereadora Sirlene dos Santos Pereira, da primeira-dama Kelly Abonízio, da secretária municipal de Meio Ambiente, Mariana Amaral, e da palestrante professora Dra. Patrícia Millani. Também estiveram presentes representantes de entidades como o CRAM, DAM, PROMUSE, além de grupos como a Rede Feminina de Combate ao Câncer, OAB, Casa da Mulher e Movimento de Mulheres Negras.

A abertura cultural foi realizada pela Jovem Vereadora Sara Leite, que emocionou o público com a música “A Começar em Mim”. Em um vídeo exibido durante o evento, a vereadora Maria Diogo destacou o papel da educação no enfrentamento à violência de gênero.

União por políticas públicas
Em seus discursos, as autoridades reforçaram a necessidade de ações concretas. A vereadora Evalda Reis destacou a importância da Procuradoria da Mulher e do trabalho em conjunto com outras instituições. Já a vereadora Sirlene incentivou as mulheres a denunciarem: “Não se calem. Temos a Procuradoria, o PROMUSE, a polícia. Vamos à luta!”.

A primeira-dama Kelly Abonízio ressaltou a união dos poderes para avançar na causa, enquanto a secretária Mariana Amaral lembrou que, apesar dos 18 anos da Lei Maria da Penha, ainda há muito a ser feito: “Queremos um futuro onde o Agosto Lilás seja celebrado livre da violência”.

Palestra alerta para dados alarmantes
A professora Dra. Patrícia Millani, especialista em estudos urbanos e de gênero, apresentou dados chocantes sobre violência contra a mulher no Brasil e em Mato Grosso do Sul. “Somos um dos estados com os maiores índices do país. Em 2024, já registramos mais de 1.400 feminicídios”, alertou. Ela também destacou a importância de desconstruir desigualdades e combater até as “pequenas” violências do cotidiano.
Ao final, a vereadora Evalda Reis reforçou o pedido por uma Casa da Mulher Brasileira em Três Lagoas e lembrou que as vítimas não estão sozinhas. “Contem conosco e com toda a rede de apoio”, concluiu.

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Edição 255