Mulher é condenada a 31 anos de prisão e indenização de R$ 200 mil por assassinar oficial de justiça aposentado

Após mais de 12 horas, o Conselho de Sentença condenou a mulher levada ao Tribunal do Júri por um crime bárbaro: o assassinato de um oficial de justiça aposentado de 67 anos, cujo corpo foi carbonizado depois de cair em um golpe da acusada. As teses do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foram reconhecidas e resultaram em uma pena de 31 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão, além do pagamento de indenização no valor de R$ 200 mil à família da vítima.

A sentença foi proferida na noite do dia 8 de outubro. A ré foi considerada culpada pelos crimes de homicídio qualificado (por dissimulação e para assegurar a ocultação de outro crime), estelionato contra idoso, furto qualificado mediante fraude eletrônica e destruição de cadáver. A atuação do MPMS foi conduzida pelo Promotor de Justiça Radamés de Almeida Domingos.

Conforme descobriu a investigação, a ré atraiu a vítima até a BR-163, em Douradina, sob o pretexto de uma negociação imobiliária. No local, ela atacou a vítima com golpes de faca no pescoço, subtraiu seus pertences — incluindo uma corrente com pingente, carteira e celular. Lá, ateou fogo ao corpo, que foi encontrado parcialmente carbonizado às margens da rodovia. Esse fato tornou o furto qualificado, agravando a pena.

Depois da morte, ainda usou o celular da vítima para fazer transferências para a própria conta, por meio de Pix. Foram duas operações, de R$ 1 mil, totalizando R# 2 mil. Esse fato tornou o furto qualificado, agravando a pena.

Durante o julgamento, o Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese do Ministério Público, reconhecendo a materialidade e a autoria dos crimes, bem como as qualificadoras e agravantes. A sentença também reconheceu a hediondez do crime e negou à ré o direito de recorrer em liberdade.

A indenização fixada pelo Juízo atende a pedido do MPMS, com base no artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, e visa reparar os danos causados à família da vítima.

A mulher condenada está presa e continuará em regime fechado para cumprimento da pena.

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Edição 261