Vigilância em Saúde implementa mudanças a partir de novembro seguindo diretrizes nacionais; coordenador Carlos Rodrigues explica que agentes não terão mais áreas fixas de atuação
A partir do próximo ciclo de trabalho que se inicia em novembro de 2025, Brasilândia implementará uma nova estratégia no combate às arboviroses – dengue, zika e chikungunya. As mudanças, anunciadas pela Vigilância em Saúde através do coordenador de Endemias, Carlos Rodrigues, e do supervisor de Área, Jones Moreira, seguem as novas diretrizes nacionais do Ministério da Saúde e visam tornar o trabalho mais eficiente e direcionado aos locais com maior risco de transmissão.
De acordo com Carlos Rodrigues, a reestruturação representa um avanço significativo no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. “Estamos modernizando nosso método de trabalho para concentrar esforços onde há maior perigo de transmissão. As áreas com mais focos do mosquito receberão atenção redobrada, enquanto as regiões controladas terão intervalos maiores entre as visitas”, explicou o coordenador.
MUDANÇAS NA ATUAÇÃO
Até então, o município era dividido em micro áreas fixas, cada uma com um agente responsável, onde cada residência recebia em média seis visitas por ano. O LIRA (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) era realizado quatro vezes ao ano para medir a infestação do mosquito.
A partir de novembro, os agentes não terão mais área fixa. As visitas serão planejadas com base em indicadores técnicos como resultados das ovitrampas (armadilhas que monitoram ovos do mosquito), dados do LIRAa e número de notificações de casos suspeitos.
COMO FUNCIONARÁ O NOVO SISTEMA
As localidades com presença de ovitrampas positivas receberão trabalho num raio de 200 metros a partir do imóvel inspecionado. Nos quarteirões com focos positivos identificados pelo LIRAa, a visita domiciliar será realizada num raio de 150 metros. Já a partir de endereços com notificações de casos suspeitos, será traçado um raio de 150 metros para visita domiciliar e tratamento químico com bomba costal.
O QUE A POPULAÇÃO DEVE OBSERVAR

Segundo Jones Moreira, supervisor de Área, os moradores poderão notar algumas diferenças na prática. “As pessoas verão mais visitas no mesmo mês em regiões com alta infestação, e eventualmente ausência de visitas em alguns ciclos nas áreas controladas – o que é um bom sinal. Manteremos o controle químico com bomba costal quando houver notificações compatíveis com casos suspeitos”, detalhou.
A secretária municipal de Saúde, Mara Nilza, reforça que a colaboração da comunidade continua sendo fundamental. “O combate ao mosquito Aedes aegypti depende, principalmente, dos cuidados dentro das residências. A eliminação de água parada continua sendo a medida mais eficaz para impedir a proliferação do vetor”, afirmou.
A prefeita Márcia Amaral destacou a importância da modernização do serviço. “Estamos sempre buscando melhorar nossos métodos de trabalho para oferecer um serviço mais eficiente à população. Esta nova estratégia nos permitirá agir de forma mais assertiva no combate à dengue, protegendo ainda mais a saúde dos brasilandenses”, declarou a gestora.











