Estado chega à conferência em Belém com PIB em alta, agropecuária robusta e meta de neutralizar emissões até 2026; FCO Verde já financiou R$ 360 milhões em agricultura sustentável
Mato Grosso do Sul desembarca na COP30, que acontece em Belém, com uma proposta concreta de desenvolvimento: expandir a economia enquanto avança na conservação ambiental. O Estado apresenta o programa MS Carbono Neutro 2030 como eixo central de seu planejamento, alinhando projeções de crescimento – como alta de 5% no PIB em 2025 e avanço de 17,2% no PIB agropecuário – à proteção de seus biomas.
Desde 2019, o governo estaduall integra planejamento, métricas e incentivos para construir uma governança climática sólida. A conclusão do inventário de emissões permitiu ao Estado definir metas precisas, monitorar resultados e ajustar estratégias com transparência. “Conectamos ciência, inovação e políticas públicas para mostrar que é possível crescer e preservar”, explica o secretário Jaime Verruck, da Semagro.

Na prática: os números da virada sustentável
Os resultados já aparecem em indicadores concretos:
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A área florestal plantada cresceu 500% na última década;
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O Estado atraiu R$ 70 bilhões em investimentos privados, tornando-se o maior polo de celulose do país;
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Por meio do FCO Verde, foram financiados R$ 360 milhões em projetos de agricultura de baixo carbono entre 2019 e 2024.
Nesta quinta-feira (13), o governador Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck detalham na Agrizone, espaço da Embrapa, a governança do programa, o desenho institucional, a carteira de projetos e os desafios de implementação.
Governança climária em vários fronts
A comitiva sul-mato-grossense atua em múltiplas frentes durante a COP30. Na quinta (13), Riedel participa de painel na Green Zone da Abema sobre a Lei Geral do Licenciamento Ambiental e o papel dos estados na execução das políticas. No mesmo dia, Verruck integra a mesa “Inovação e Inteligência Ambiental: Tecnologia a Serviço da Sustentabilidade”, mostrando como dados, sensores e análise apoiam decisões no campo.
Já na quarta (12), o governador falou no Espaço FNP sobre a força dos governos subnacionais na governança climática internacional, destacando a importância da coordenação entre prefeituras e estados.
Na sexta (14), a programação inclui a apresentação do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) na Casa da Biodiversidade e Clima, organizada pela Abema no ITV. A iniciativa conecta incentivo financeiro a mudanças de comportamento, com foco especial em áreas sensíveis como o Pantanal.
Com agenda cheia e resultados em mãos, Mato Grosso do Sul busca demonstrar na COP30 que competitividade e conservação não são opostos, mas partes de um mesmo modelo de desenvolvimento – com métricas, prazos e transparência para guiar o caminho.










