Projeto de Lei visa substituir postes e cabos por infraestrutura subterrânea, com custos assumidos pelas concessionárias.
O deputado estadual Roberto Hashioka (União) apresentou, na sessão ordinária desta terça-feira (2), o Projeto de Lei 318/2025, que estabelece a migração obrigatória das redes de cabeamento aéreo para infraestrutura subterrânea em Mato Grosso do Sul. A proposta abrange redes de energia elétrica, telefonia, dados, fibra óptica, televisão e demais fiações atualmente suspensas em postes.
Conforme a justificativa do projeto, a medida busca “promover a modernização da infraestrutura urbana no Estado, garantindo maior segurança, eficiência e estética ao ambiente urbano”. Hashioka argumenta que as redes aéreas expostas apresentam riscos como quedas de cabos, curtos-circuitos, poluição visual e necessidade constante de manutenção, o que gera interrupções em serviços essenciais.
De acordo com o texto, a execução do serviço ficará a cargo das concessionárias, permissionárias e empresas responsáveis pelos serviços. Caberá a elas elaborar e apresentar planos de migração, realizar as obras necessárias, promover a manutenção e garantir a integridade de calçadas e vias públicas, assumindo a responsabilidade por eventuais danos. O projeto não prevê despesas diretas para o Estado, pois todos os custos de implantação e manutenção serão suportados pelas empresas.
Vantagens apontadas
O deputado lista diversos benefícios do modelo subterrâneo:
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Redução de acidentes e interrupções no fornecimento de serviços;
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Proteção do cabeamento contra intempéries;
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Valorização das cidades, com potencial aumento do turismo;
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Melhoria da mobilidade urbana, com liberação de espaço em calçadas e vias;
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Possível ganho financeiro para Estado e municípios, com redução de custos com indenizações, aumento da arrecadação de IPTU e ITBI, e fortalecimento do turismo.
O projeto estabelece multa de 5 mil Uferms (cerca de R$ 263,1 mil) em caso de descumprimento, com recursos direcionados a melhorias na infraestrutura. Também propõe prazo de 180 dias para que o Poder Executivo regulamente a lei, caso aprovada.
A matéria segue agora para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa. Se aprovada, Mato Grosso do Sul poderá se tornar um dos primeiros estados do país a adotar a obrigatoriedade do cabeamento subterrâneo em escala estadual.











