Um advogado de 33 anos foi preso nesta sexta-feira (3), em Campo Grande, durante a operação Lobos 2, da Polícia Federal, que investiga suspeitos de envolvimento com a produção, divulgação e armazenamento de conteúdos pornográficos com crianças e adolescentes.
A ação ocorreu em 20 estados e um dos mandados era para Mato Grosso do Sul. A ordem judicial era de busca e apreensão no escritório e na casa do advogado, mas devido à descoberta de material com pornografia infantil e ainda de vídeos que mostrariam o suspeito cometendo estupro de vulnerável, ele foi preso em flagrante. As vítimas são crianças e têm grau de parentesco com o suspeito.
A seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS) disse ao g1 que acompanha o caso por meio de sua Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas e que abrirá procedimento para apurar a conduta do profissional e eventualmente definir punições.
Para essa operação foram solicitados oito mandados de prisão preventiva e 104 de busca e apreensão.
Entenda o caso
A operação Lobos 2, divulgada nesta sexta-feira (3), teve início em 2017 com a prisão de um homem em Pernambuco, estado onde se concentram as investigações. Dois anos depois, um homem considerado o alvo 01 da operação também foi preso, em São Paulo, o que culminou nos mandados de busca e apreensão, e de prisão, emitidos.
De acordo com as informações da Polícia Federal, 1,8 milhão de pessoas acessam sites da deep web no mundo para publicar, compartilhar e disseminar material pornográfico com crianças. De acordo com o investigador da PF de Pernambuco, Renato Cintra, o homem considerado 01 do mundo nesse tipo de crime mantinha cinco dos maiores fóruns online sobre o tema.
“Era o principal criminoso do mundo nesse tipo [de crime]. Tivemos a participação de várias policiais, o FBI, dos EUA, o NCI, da Inglaterra, todos os países mais desenvolvidos do mundo colaboraram nessa investigação”, declarou o delegado federal Renato Cintra em entrevista a repórter Camila Torres, do g1 PE.
Os crimes investigados na Operação Lobos 2, além de estupro de vulnerável, são venda, produção e divulgação, e armazenamento de pornografia infantil.
Fonte: G1