O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira se filiou ao PSD nesta terça-feira (7) com o objetivo de disputar a vaga de senador e reforçar a campanha a governador de Marquinhos Trad (PSD). Ele também pode ser “coringa” do partido, que pode lança-lo para a Câmara dos Deputados ou até ao Governo caso o prefeito decida não renunciar ao restante do mandato na Capital.

A filiação do magistrado foi prestigiada pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, pelo presidente municipal do partido e secretário de Governo, Antônio Lacerda, e pelo deputado federal Fábio Trad (PSD). O secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, também se filiou e poderá disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

A filiação de Odilon ocorre logo após a divulgação da pesquisa do IPR (Instituto de Pesquisa de Resultado). Ele aparece com 20,82%, na frente da ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (DEM), com 13,82%, e da deputada federal Rose Modesto (PSDB), com 12,99%.

Na primeira eleição, o juiz disputou o segundo turno na disputa do cargo de governador e deu um suador a Reinaldo Azambuja (PSDB). O tucano o derrotou no segundo turno por uma diferença de 70 mil votos.

“Tem vocação ao Senado, mas meu pai é uma pessoa de grupo e aguarda a decisão do prefeito Marquinhos Trad”, afirmou o ex-vereador Odilon Júnior, que preside a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos).

“Segundo ele próprio disse, o que o partido decidir como projeto coletivo partidário, ele está disponível”, contou Fábio Trad, que prestigiou a filiação do magistrado. “Na minha avaliação, ele seria um excelente legislador federal, mas poderia ser um eficientíssimo adjuvante no governo do estado na área de segurança pública”, avaliou, sobre o novo colega de partido.

“(O juiz Odilon) tem muito a contribuir com o nosso estado em virtude de sua experiência, competência e integridade”, ressaltou o parlamentar.

A experiência de Odilon de Oliveira como juiz federal lhe deu notoriedade nacional. Com mais de três décadas na 3ª Vara Federal de Campo Grande, ele condenou os barões do tráfico e até o empresário Fahd Jamil, o famoso Rei da Fronteira. No entanto, a sentença do padrinho da fronteira foi anulada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

As ameaças feitas pelo crime organizado fizeram com que o magistrado passasse a ter escolta 24 horas da Polícia Federal. No entanto, na campanha eleitoral de 2018, ele teve a imagem arranhado com as acusações feitas pelo primo, Jedeão de Oliveira, que chefe de gabinete por 21 anos. No entanto, o MPF rejeitou a delação premiada, mas o estrago na campanha já estava feito, considerando-se que Reinaldo explorou as denúncias nos debates e no horário eleitoral.

No ano passado, Odilon colocou o prestígio para reeleger o filho. No entanto, Odilon Júnior não conseguiu retornar à Câmara Municipal e fracassou nas urnas. As eleições de 2022 acabaram se transformando em oportunidade do magistrado renascer das cinzas.

Odilon pode disputar o Senado, formando chapa pura com Marquinhos. Ele também pode ser candidato a deputado federal, a vice-governador e até ser cabeça de chapa. No entanto, a tendência é que o PSD lance Marquinhos para o Governo.

O juiz Odilon deve enfrentar na disputa do Senado a atual senadora Simone Tebet (MDB), caso não emplaque a candidatura a presidente, a ministra Tereza Cristina, e o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (sem partido).

Fonte: O Jacaré

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