Esforço em vão: Simone tem 0,6% e não rompe polarização entre Lula e Bolsonaro, diz MDA

SIMONE-TEBET-E-TASSO

O esforço da cúpula do MDB e dos adversários de João Doria no PSDB para decolar a candidatura de Simone Tebet (MDB) foi em vão até o momento. Pesquisa da MDA, divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostra a senadora com apenas 0,6%. Além de permanecer atrás do tucano, ela não conseguiu romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme o levantamento realizado com 2.002 eleitores em 25 estados entre os dias 16 e 19 deste mês, Lula lidera com 42,2%, seguido por Bolsonaro com 28%, Ciro Gomes (PDT) com 6,7%, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) com 6,4%, Doria com 1,8%, André Janones (Avante) com 1,5%, Simone com 0,6%, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e Felipe D’Ávila (Novo) com 0,3%. Os votos brancos e nulos somariam 6,2%, enquanto os indecisos, 6%.

Os números jogam um balde de água fria na campanha de Simone, que intensificou as entrevistas às emissoras de rádio e aos jornais. A senadora ganhou apoio público de caciques do PSDB, como os senadores Tasso Jereissati, do Ceará, e José Aníbal, de São Paulo. Até o deputado federal Aécio Neves, uma das estrelas do PSDB, teria participado simpatia pelo nome da sul-mato-grossense em um encontro das lideranças tucanas em Brasília, que foi classificada por Doria como “jantar dos derrotados”.

Nem o esforço do ex-presidente Michel Temer (MDB), que foi preso e denunciado ao Supremo Tribunal Federal por corrupção, não conseguiu impulsionar a candidatura da emedebista. Simone chegou a ser cogitada para unir os partidos como o nome da terceira via.

No entanto, após três meses de campanha, a senadora não conseguiu rompera a polarização entre Lula e Bolsonaro. Conforme o levantamento, o petista tinha 41,3% em julho do ano passado e subiu para 42,8% em dezembro. Neste mês, ele ficou estável, com 42,2%.

Bolsonaro tinha 26,6% em julho de 2021 e oscilou para 25,6% no final do ano. Neste mês, o presidente subiu para 28% e reduziu a vantagem do petista de 17,2 para 14,2 pontos percentuais.

Os nomes cotados para representar a 3ª via patinam no pelotão de um digito. Ciro tinha 5,9% em dezembro e caiu para 4,9% em dezembro. Agora, o pedetista subiu para 6,7% e empatou com Moro. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública tinha 5,9% em julho e subiu para 8,9% no fim do ano. Agora, ele caiu para 6,4%.

Doria ficou estável no período, passando de 2,1% em julho para 1,8% em dezembro, mantendo o percentual no levantamento de fevereiro. Janones não foi citado nas anteriores e agora tem 1,5%. Simone também não era citada e aparece pela primeira vez com 0,6%.

Para desalento dos partidos da terceira via, os principais nomes possuem a maior rejeição. Doria é rejeitado por 66,5%, seguido por Sergio Moro com 58,2% e Bolsonaro, com 55,4%. No entanto, o presidente conseguiu reduzir o percentual de eleitores que não votariam nele de jeito nenhum, já que o percentual chegava a 61,8% em julho. Lula também reduziu no período, de 44,5% para 40,5%.

Simone tem rejeição de 29%, mas é desconhecida de 61,9% dos eleitores. De acordo com a CNT/MDA, 0,5% votariam com certeza na senadora, enquanto 7,3% poderiam votar.

Não houve simulação de Simone no segundo turno. Nas simulações testadas, Lula derrotaria todos os eventuais adversários. O petista venceria Bolsonaro por 53,2% a 35,23%. A vitória sobre Moro seria de 52,2% a 29,2%, enquanto Doria seria massacrado, de 54,9% a 16,7%.

Bolsonaro conseguiu ganhar fôlego e poderia ganhar de Moro, por 35,6% a 34%, e de João Doria, 41,1% a 29,8%. Ele perderia para Ciro, mas no limite do empate técnico, 37,9% a 31,9% do pedetista.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2% e o nível de confiança é de 95,6%. O registrado no TSE foi com o número BR-09751/2022.

 

Fonte: O Jacaré

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