Mais de 1.800 Santas Casas e hospitais filantrópicos em todo Brasil farão, em ato simbólico por pedido de recursos emergenciais, nesta terça-feira (19), paralisação de todos os atendimentos eletivos, não urgentes, agendados, por 24 horas. Os procedimentos serão reprogramados para novas datas com brevidade e os serviços temporariamente paralisados serão consultas, cirurgias eletivas, oncologia e exames realizados através do SUS (Sistema Único de Saúde). Os pacientes de todos os hospitais foram informados e os procedimentos reagendados. Instituições que não puderam paralisar esses atendimentos também farão ato, como o uso de camisetas pretas por parte dos colaboradores, panfletagem, entre outras ações de protesto.
A iniciativa faz parte do movimento nacional “CHEGA DE SILÊNCIO”, promovido pela CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos) e que tem como objetivo alertar a sociedade civil e os três poderes nas esferas municipais, estaduais e federal, sobre a maior crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico. A dívida já chega a mais de R$ 20 bilhões e o alerta se agrava com projeto de lei em tramitação na Câmara, que institui o piso salarial da enfermagem, porém, sem indicação de fonte de financiamento. Se aprovado, terá impacto estimado em R$ 6,3 bilhões ao orçamento dos hospitais.
De acordo com o diretor executivo do HNSA e conselheiro da CMB, Marco Calderon é um movimento que acontece para melhoria e equilíbrio econômico e financeiro. “Estamos com déficit e um desajuste na tabela e inflação de acordo com o valor que é repassado pelo SUS para o atendimento. Iremos parar o SUS, convênio e particular em prol do movimento, para que as pessoas, classes políticas percebam a importância dos Hospitais Filantrópicas do Estado e Brasil, na qual passam por dificuldades financeiras. ”, comentou.