MS- 45 anos: “Dos celeiros de fartura” brotam indústrias modernas e com pegada de sustentabilidade

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A primeira estrofe do hino de Mato Grosso do Sul nunca fez tanto sentido numa alusão à economia estadual. O Estado que completa 45 anos neste 11 de outubro, transformou seu “celeiro de farturas” em projetos de indústrias, tecnologia e sustentabilidade. MS chega a idade madura com investimentos privados que superam os R$ 57 bilhões entre os já instalados em 2022 e previstos para os próximos anos. Um cenário positivo na sua economia e uma perspectiva de 5% de crescimento no Produto Interno Bruto (PIB). O pacote vem recheado com previsão de geração de 27 mil empregos diretos, além de milhares de indiretos que decorrem da instalação dessas empresas.

Este salto no desenvolvimento se dá, segundo o governador Reinaldo Azambuja, pela aposta na política pública de troca de arrecadação de impostos por empregos para a população. A estratégica tem sido vitoriosa e os números superlativos só comprovam isso. De celulose a hambúrgueres para grandes redes de fast-food, Mato Grosso do Sul se ergue vigoroso, com a confiança de empresários em apostar na economia local e na credibilidade da população.

“Mato Grosso do Sul está na rota do desenvolvimento sustentável, com a área logística e de infraestrutura dando suporte a investimentos e geração de empregos. Esse é o Mato Grosso do Sul que nos orgulha e que ainda crescerá muito `, salientou o secretário de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck.

Celulose

A indústria florestal estadual gera 27 mil empregos diretos, sendo 22 mil apenas nos dois megaprojetos da celulose. Nos próximos anos mais de R$ 34 bilhões de investimentos somente em duas mega fábricas de celulose: a Suzano com o Projeto Cerrado em Ribas do Rio Pardo e o Projeto Sucuriú, da chilena Arauco em Inocência. Somente em valores as obras representam quase o dobro do orçamento anual do Estado, que é de R $17 bilhões. Os empreendimentos vão garantir nos próximos anos que o Produto Interno Bruto do Estado (PIB) avance 5%. No entanto, se somados todos os projetos de papel e celulose o volume chega a R$ 47,7 bilhões.

22 mil vagas

A indústria florestal estadual gera 27 mil empregos diretos, sendo 22 mil apenas nos dois megaprojetos da celulose. Nos próximos anos mais de R$ 34 bilhões de investimentos somente em duas mega fábricas de celulose: a Suzano com o Projeto Cerrado em Ribas do Rio Pardo e o Projeto Sucuriú da chilena Arauco em Inocência. Somente em valores as obras representam quase o dobro do orçamento anual do Estado, que é de R $17 bilhões. Os empreendimentos vão garantir nos próximos anos que o Produto Interno Bruto do Estado (PIB) avance 5%. No entanto, se somados todos os projetos de papel e celulose o volume soma R$ 47,7 bilhões.

Os maiores aportes vêm da chilena Arauco, que anunciou investimento superior a R$ 15 bilhões em Inocência. Se somado o projeto da base florestal isso vai chegar a R$ 20 bilhões. Devem ser criadas mais de 12 mil vagas apenas na fase de construção da planta em Inocência. Quando em operação a fábrica vai gerar mais 550 empregos diretos e indiretos e mais 1.800 na parte florestal. Isso representará 14,3 mil famílias contempladas.

Já o Projeto Cerrado da Suzano em Ribas do Rio Pardo, com um investimento de mais de R$ 19,3 bilhões, está com os trabalhos acelerados. Atualmente, a obra da fábrica conta com cerca de 5.000 trabalhadores (dados de setembro/2022). No primeiro semestre de 2023, quando deverá ocorrer o pico da obra, serão criados cerca de 10 mil empregos diretos, gerando também milhares de empregos indiretos na região. Quando entrar em operação, a nova fábrica da Suzano terá 3.000 postos de trabalho, entre diretos e indiretos, atendendo as operações industrial e florestal.

Atualmente são três fábricas de celulose instaladas e em operação no município de Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano; duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas por ano. As três plantas de celulose em operação têm produção de 5 milhões de toneladas por ano. Três Lagoas é considerada a capital mundial da celulose e MS é o Estado que mais exporta no país 27% de toda a celulose comercializada no exterior.

Minério de Ferro

Os investimentos das mineradoras em exploração, ampliação e prospecção em Mato Grosso do Sul deverão superar R$ 5 bilhões nos próximos dois anos, segundo a Semagro. As mineradoras existentes e as novas empresas que estão chegando podem injetar US$ 1 bilhão até 2024. Uma delas é a J&F, que assumiu o complexo de minério da Vale. Hoje ela minera 2,7 milhões ao ano e poderá aumentar a extração deste mineral para 3,5 milhões já no primeiro ano.

300 empregos

Os investimentos das mineradoras em exploração, ampliação e prospecção em Mato Grosso do Sul deverão superar R$ 5 bilhões nos próximos dois anos, segundo estima a Semagro. As mineradoras existentes e as novas empresas que estão chegando podem injetar US$ 1 bilhão até 2024. Uma delas é a J&F, que assumiu o complexo de minério da Vale. Hoje ela minera 2,7 milhões ao ano e poderá aumentar a extração deste mineral para 3,5 milhões já no primeiro ano.

As demais são a MPP/4B Mining, 3A Mining e a Mineração São Francisco em Corumbá e Ladário (ferro e Manganês) no Morro do Rabicho e no Morro Tromba dos Macacos. O outro empreendimento é uma mineradora de basalto no município de Inocência, que juntas irão gerar mais de 300 empregos diretos e mais renda aos municípios e ao Estado.

O Estado detém a terceira maior reserva de minério de ferro de alto teor do Brasil nos municípios de Corumbá e Ladário. Com isso os investimentos em minério de ferro, produto que lidera os aportes financeiros no Brasil e em Mato Grosso do Sul estão estimados em aproximadamente em US$ 450 milhões, sendo US$ 400 milhões em projetos novos e ampliação das estruturas existentes e US$ 50 milhões em pesquisas e prospecção de novas áreas mineralizadas.

Milho e etanol

A super safrinha de milho colhida neste ano em MS de mais de 11 milhões de toneladas vai viabilizar as duas usinas de etanol de milho que estão em desenvolvimento em Mato Grosso do Sul, que têm investimentos de quase R$ 2,5 bilhões. São elas a Inpasa de Dourados e a Neomille em Maracaju. A Inpasa, considerada a maior produtora de etanol de milho e derivados da América Latina com três sedes no Brasil, já opera em Dourados. A unidade no município sul-mato-grossense é a quinta do grupo e deve produzir 400 milhões de litros de etanol/ano, para um processamento de 1 milhão de toneladas de milho, na primeira fase de operação. O investimento previsto da Inpasa é de R$ 2 bilhões, sendo R$ 100 milhões oriundos de recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste).

Além do complexo industrial, os investimentos da Inpasa compreendem uma usina termoelétrica para cogeração de 26,18 MW, posto de combustíveis e polo de serviços. Hoje são 250 empregos diretos que vão atingir 600 vagas no auge da produção.

Já o projeto da nova planta da Neomille em Maracaju terá R$ 1,4 bilhão de investimentos para a construção da primeira fase, a nova unidade – quando estiver operando na capacidade total – poderá processar até 1,2 milhão de toneladas de milho por ano, resultando em 550 milhões de litros de etanol. A previsão é de que a nova planta esteja funcionando no segundo semestre de 2023. A construção gerará mais de mil empregos diretos e indiretos, sendo priorizada a captação de mão de obra local. A expectativa é que a nova unidade da Neomille processe 1,2 milhão tonelada de milho por ano com a produção de 550 milhões de litros de etanol por ano. A produção de DDGs (Dried Distillers Grains With Solubles) será de 330 mil toneladas ano e produção de óleo é projetada para 22 mil toneladas por ano. A unidade também espera vender 105 GWh por ano.

Suinocultura

No segmento de suinocultura serão R$ 1,5 bilhão em dois grandes players: a Cooperativa Aurora que irá investir R$ 300 milhões para ampliar a indústria em Mato Grosso do Sul e a Seara em Dourados, com mais de R$ 1 bilhão que também está em ampliação.

No caso da Aurora o processo deve começar no início de 2023 indo até o início de 2024. Hoje a Aurora abate 3.200 suínos por dia que são transformados em vários produtos e o abate subirá para 5.200 suínos por dia. Serão abertas 500 novas vagas de trabalho na cidade.

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A Seara, controlada pela JBS, já iniciou a ampliação para 10 mil cabeças por dia da capacidade de abate de suínos, na sua planta de Dourados.

O investimento previsto é de cerca de R$ 1,2 bilhão, com geração de 2,5 mil empregos diretos. Além de R$ 800 milhões para ampliar a capacidade de produção dos criadores de suínos, que terão de entregar mais cinco mil animais por dia na unidade industrial.

Além das indústrias, o Estado tem investimentos de instalação de Unidades de produção de leitão em matrizes, que também são grandes geradoras de empregos.

Indústrias de Soja

Recentemente Bataguassu ganhou um empreendimento que vai gerar 120 novos empregos, em um investimento de R$ 18 milhões. O grupo empresarial “Sodrugestvo” reativou a planta da antiga “Soceppar”, retornando as atividades para esta indústria, que agora será administrada pela Aliança Agrícola do Cerrado. A Esmagadora vai produzir 375 mil toneladas de farelo de soja, 100 mil toneladas de óleo do grão e 15 mil de casca de soja.

Outro grande empreendimento foi inaugurado na região da Cabeceira do Apa em Ponta Porã, pela Sementes Jotabasso, em um investimento superior a R$ 200 milhões. É a terceira unidade em Mato Grosso do Sul. A outra fica em São Gabriel do Oeste. A unidade de produção de sementes inicia suas atividades com 155 colaboradores diretos, além de trabalhadores sazonais, prevendo chegar a 225 em janeiro de 2023.

Com área total de plantio 18.095 hectares, a Fazenda Serrinha vai produzir milho (90 sacas de semente por hectares), sorgo (60 sc/ha), trigo (40 sc/ha) e aveia (35 sc/ha).

Frigoríficos bovinos

O setor que não para de crescer inaugurou plantas importantes neste ano. A Marfrig lançou uma nova unidade em Bataguassu que é a primeira planta de produção focada exclusivamente em hambúrgueres. A planta de R$ 130 milhões irá incrementar a produção anual da Marfrig com 20 mil toneladas de hambúrguer de carne bovina, totalizando uma capacidade de 242 mil toneladas do produto a cada ano. Bataguassu irá produzir, sozinha, 2,4 bilhões de discos de hambúrguer anualmente. Em termos de comparação, a quantidade seria capaz de encher 20 piscinas olímpicas. E tudo isso para a rede de fast-food Mc´Donalds. Foram geradas 120 oportunidades de trabalho.

Em Batayporã, a Zanchetta Alimentos reativou uma planta frigorífica na cidade, com geração de 250 vagas de trabalho, que deve subir até 600 empregos. O investimento na readequação da planta frigorífica de Batayporã ficou em R$ 15 milhões.

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