Discussão na calçada do centro de Campo Grande termina em assassinato a golpes de barra de ferro

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Uma discussão que eclodiu na calçada da Rua Joel Dibo, localizada no Centro de Campo Grande, resultou na trágica morte de Antônio Marcos Vilela, de 48 anos, após ser agredido com golpes de barra de ferro na madrugada desta sexta-feira (24). O suspeito identificado como Alex Júnior Moreira Salazar, de 21 anos, foi detido em flagrante.

O crime chocante teve como cenário a frente do Centro Pop (Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua), um local frequentado por muitas pessoas, em sua maioria usuários de substâncias entorpecentes e álcool, que ali se aglomeram.

Antes do trágico homicídio, várias abordagens policiais já haviam sido realizadas naquela área. “Inclusive, a Força Tática do 1º Batalhão da PM deteve um fugitivo e a Guarda Civil Metropolitana conduziu várias diligências na região”, explicou o tenente-coronel da Polícia Militar, Anderson Avelar.

Segundo relatos, logo após a saída da equipe da guarda do local, eclodiu uma briga entre Antônio e Alex. O suspeito alegou que a motivação foi o fato de a vítima estar constantemente “zombando” dele e de seus amigos. Alex, então, teria agarrado uma barra de ferro e desferido múltiplos golpes contra a cabeça de Antônio.

Um agente da Guarda Civil Metropolitana, responsável pela segurança do Centro Pop, presenciou a tentativa da namorada do suspeito de contê-lo e imediatamente solicitou apoio à viatura que havia recentemente deixado o local. Policiais militares do 1º Batalhão chegaram em apoio e detiveram Alex.

Os serviços de emergência do Corpo de Bombeiros foram acionados, porém, Antônio não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.

O tenente-coronel Avelar ressaltou que confrontos envolvendo usuários de drogas são frequentes nessa região e são difíceis de serem evitados mesmo com um patrulhamento intenso. “Eles utilizam qualquer meio disponível para cometer agressões. É importante lembrar que se não estiverem cometendo nenhum crime, o direito de permanecer ali está garantido. A Polícia Militar e a Guarda não têm autoridade para removê-los à força. Realizamos abordagens e, se houver um mandado de prisão ou se estiverem cometendo alguma infração, então os encaminhamos para a delegacia”, explicou.

O caso evidencia a complexidade e desafios enfrentados pelas autoridades na contenção de situações de violência e conflitos em áreas onde a concentração de pessoas em situação de vulnerabilidade é alta. A segurança e a intervenção eficaz nessas situações emergem como questões cruciais a serem abordadas para evitar ocorrências tão trágicas como essa.

A investigação está em andamento para esclarecer todos os detalhes do incidente e o suspeito, Alex Júnior Moreira Salazar, será submetido ao devido processo legal.

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