O rebanho bovino de Mato Grosso do Sul aumentou no ano passado. Após seis anos em queda, houve uma leve alta de 2,5% no plantel de gado, saindo de 18,433 milhões em 2022 para 18,891 milhões em 2023. Os dados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos últimos anos, o Estado registrou uma redução gradual do quantitativo de bovinos, saindo de 21,800 milhões em 2016 para 21,474 milhões em 2017. Em 2018, o total aferido chegou a 20,896 milhões, reduzindo para 19,407 milhões em 2019 e 19,027 milhões em 2020. Em 2021, chegou a 18,608 milhões, foi a 18,433 milhões em 2022 e subiu a 18,891 milhões no ano passado.
“A estimativa reverteu a retração iniciada em 2017 e coloca o Estado na mesma direção que a produção nacional, que vem crescendo desde 2019 e atingiu 238,6 milhões de cabeças em 2023, marca que representa um acréscimo de 1,6% em relação ao ano anterior. Essa estimativa representou também o maior valor da série histórica da pesquisa”, explica o IBGE em nota.
Em 20 anos, MS registrou o encolhimento de 24,37% de seu rebanho bovino – ou de 6,90 milhões de cabeças de gado. Em 2003, o Estado liderava com o maior plantel do Brasil, com 24,980 milhões de cabeças de gado. No ano passado, manteve-se como o quinto maior produtor com os atuais 18,891 milhões. O Estado perdeu a quarta posição em 2019, com 7,9% do efetivo nacional.
Ainda conforme a pesquisa do IBGE, Mato Grosso se manteve como o estado detentor do maior rebanho estadual, com 14,2% do efetivo nacional, o equivalente a 34 milhões de animais, queda de 0,7% em relação a 2022.
De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de MS (Acrissul), Guilherme Bumlai, “mais importante que estar no topo é ter uma carne de qualidade. Mato Grosso do Sul tem reconhecidamente uma das melhores carnes do Brasil, e precisamos buscar uma melhor remuneração por essa qualidade”.
MUNICÍPIOS
Corumbá continuou com o segundo maior rebanho bovino do Brasil, com 2,15 milhões de animais, 11,3% do efetivo de MS. Na sequência, o município de Aquidauana ficou em 13º lugar no ranking nacional de rebanho bovino (com 853.842 cabeças) e Ribas do Rio Pardo, em 15º lugar (com 826.757 cabeças).
No ano passado, São Félix do Xingu (Pará) mais uma vez liderou o ranking municipal de efetivo de bovinos. O rebanho de 2,5 milhões de cabeças foi equivalente a 10% do efetivo paraense.
Além do crescimento do número de bovinos, o Estado também registrou alta dos bubalinos (3,4%), dos suínos (2,2%) e dos galináceos (0,7%). Em contrapartida, apresentou queda no rebanho de equinos (-18,8%), ovinos (-18,5%) e caprinos (-18,6%).
O município de Corumbá mantém destaque com o maior efetivo de equinos do País, com 36.071 cabeças.
SUÍNOS
No ano passado, foram contabilizados 1,68 milhão de cabeças suínos, representando um recorde na série histórica e um aumento de 2,17% na passagem de 2022 para 2023, mantendo-se no sexto lugar entre as unidades da federação e revertendo uma tendência de queda observada entre os maiores produtores quando comparado a 2022, sendo esses: Santa Catarina, com 9,3 milhões de cabeças, queda de 5,4%; Paraná, com 6,9 milhões, queda 1,1%; e Rio Grande do Sul, com 6 milhões, queda 1,7%.
Acompanhando o bom momento no total de suínos em MS, o número de matrizes de suínos também apresentou crescimento, atingindo a marca de mais de 241 mil cabeças, uma alta de 16,2% se comparado ao ano anterior.
Entre os municípios produtores de MS, Glória de Dourados se destaca, com 277.743 cabeças. Em seguida aparecem Dourados (221.458) e São Gabriel do Oeste (169.385). Esses são os maiores rebanhos do Estado.
Os municípios também estão presentes entre os 40 maiores criadores de suínos do Brasil, com Glória de Dourados na 18ª posição, Dourados na 26ª e São Gabriel do Oeste na 31ª.
Em relação às matrizes de suínos, Jateí é o maior produtor (47.128 cabeças), acompanhado por Ivinhema (27.219) e Brasilândia (20.792).