Até o momento, a criação da CPI do Consórcio Guaicurus conta com o apoio de 10 dos 29 vereadores de Campo Grande. Autor do requerimento, Junior Coringa (MDB) afirmou que pretende protocolar a proposta de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito até o dia 20 deste mês.
De acordo com a assessoria do emedebista, ele está elaborando a fundamentação da investigação junto com a assessoria jurídica. O objetivo é evitar brechas, como ocorreu na 3ª tentativa de criar a CPI, que acabou arquivada pelo então presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), de sepultar a proposta apesar do apoio de 13 vereadores.
Na ocasião, o socialista argumentou que não havia fato determinado para a investigação. Apesar das denúncias de corrupção, de fraude na licitação, do não cumprimento do contrato e da piora no transporte coletivo, os vereadores procuram um ponto específico para que o atual presidente, Papy (PSDB), não enterre a investigação usando o mesmo argumento.
O tucano vem emitindo sinais de que não vai facilitar a vida de quem deseja abrir a caixa preta do transporte coletivo de Campo Grande. Em entrevista ao Correio do Estado, Papy disse que a CPI do Consórcio Guaicurus deveria ficar para o 2º semestre.
O poder e influência do Consórcio Guaicurus, formado pelas empresas que exploram o serviço há décadas na Capital, é tão grande, que apesar de não cumprir o contrato nem renovar a frota, segue impune e ainda recebendo mais de R$ 35 milhões em subsídio por ano.
Até o momento, a CPI conta com o apoio de 10 parlamentares:
- Junior Coringa (MDB)
- Flávio Cabo Almi (PSDB)
- Ana Portela (PL)
- Rafael Tavares (PL)
- Landmark (PT)
- Jean Ferreira (PT)
- Luiza Ribeiro (PT)
- Fábio Rocha (União Brasil)
- Maicon Nogueira (PP)
O consórcio deve aumentar a pressão para impedir a investigação. Qual vereador vai ceder aos encantos do grupo e dar as costas para a população?
Fonte: O Jacaré