Vereador critica concessão da BR 262 no trecho Três Lagoas/Água Clara

O vereador Fernando Jurado (PP), na 14ª Sessão Ordinária na Câmara Legislativa de Três Lagoas – MS, nesta terça-feira (13), criticou o tratamento dado pelo Governo do Estado do Mato Grasso do Sul dado à BR-262 que liga Três Lagoas a Campo Grande, principalmente até Água Clara.

Jurado abordou sobre a concessão da chamada Rota da Celulose, formalizada esta semana em cerimônia na B3 com a presença do governador do Estado, e acendeu o alerta entre lideranças políticas de Três Lagoas.

Segundo ele, embora a iniciativa represente um avanço na busca por melhorias na malha rodoviária sul-mato-grossense, o trecho que liga Três Lagoas a Água Clara — um dos mais movimentados e perigosos — ficou de fora do projeto de duplicação, sendo contemplado apenas com a inclusão de terceiras faixas. O trecho, no entanto, terá cobrança de pedágio.

A decisão foi criticada por Fernando Jurado que classifica a medida como um reflexo do “descompasso entre a importância econômica da cidade e o tratamento recebido por parte do Governo do Estado”. Três Lagoas é considerada a cidade-polo da produção de celulose do Brasil e concentra grande parte do PIB industrial do Mato Grosso do Sul.

Em sua fala na tribuna, o vereador criticou a falta de empenho estadual para a cidade de Três Lagoas, “é lamentável que uma cidade com tamanha relevância produtiva, que carrega nas costas grande parte do desenvolvimento econômico do Estado, seja deixada de fora da duplicação da Rota da Celulose”, afirmou.

“Estamos falando de uma região com tráfego intenso de cargas e pessoas, com alto índice de acidentes, incluindo ocorrências fatais, como a registrada ontem, que vitimou um casal e deixou uma criança em estado grave” (Trágico acidente na BR-262, próximo à região conhecida do Pombo, com dois óbitos no dia 12 de maio de 2025), destacou Jurado.

A falta de representatividade política também foi apontada como um dos fatores que explicam a exclusão da cidade da duplicação. O vereador Fernando Jurado também apontou: “estamos há cerca de seis anos sem um Deputado Estadual e há décadas sem um representante Federal. É impossível aceitar que uma cidade com esse peso econômico esteja tão mal representada politicamente. O resultado está aí: somos excluídos das decisões estratégicas”.

A mobilização por melhorias segue, com articulações políticas e cobranças por mais atenção à infraestrutura da região.

“Essa não é uma luta nova. É uma demanda histórica. Mas não vamos aceitar que Três Lagoas continue sendo esquecida”, concluiu.

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Edição 252