Brasileiro trabalha 149 dias só para pagar impostos em 2025; MS terá Dia Livre de Tributos

Ação no dia 29/05 mostrará valor real dos produtos sem tributos; carga brasileira é maior que a de países desenvolvidos

Thais Dias

No próximo dia 29 de maio, comerciantes de Mato Grosso do Sul vão demonstrar na prática o peso dos tributos no bolso do consumidor durante o Dia Livre de Impostos (DLI), ação promovida pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e FCDL-MS. A data marca o 149º dia do ano, simbolizando os dias que o brasileiro precisa trabalhar apenas para pagar impostos, taxas e contribuições em 2025.

Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revelam que os tributos consumirão 40,71% da renda anual média do brasileiro este ano – aumento em relação aos 40,27% de 2024, quando eram necessários 147 dias de trabalho. Embora menor que a média de 153 dias registrada entre 2017 e 2019, a carga tributária brasileira ainda é uma das mais altas do mundo, comparável à de países como Noruega e Bélgica, onde se trabalha entre 155 e 162 dias para pagar impostos.

“O DLI é uma ação educativa que evidencia um problema crônico: nosso complexo sistema tributário cobra muito e devolve pouco em serviços públicos de qualidade”, explica a FCDL-MS. Durante o evento, lojas participantes em todo o estado venderão produtos com descontos equivalentes ao valor dos impostos, permitindo que os consumidores conheçam o preço real das mercadorias sem a incidência de tributos.

Em 2024, a iniciativa mobilizou estabelecimentos em 66 municípios sul-mato-grossenses, gerando amplo debate sobre a necessidade de reforma tributária e melhor aplicação dos recursos arrecadados. Para este ano, a expectativa é superar esses números, fortalecendo a discussão sobre justiça fiscal e transparência no uso do dinheiro público.

O Dia Livre de Impostos acontece em 29 de maio em estabelecimentos comerciais de todo Mato Grosso do Sul, oferecendo aos consumidores a oportunidade de entender melhor o impacto dos tributos em seu orçamento e refletir sobre a qualidade dos serviços públicos recebidos em troca. “É uma forma concreta de mostrar quanto realmente pagamos de impostos e questionar se estamos recebendo o retorno adequado”, finaliza a FCDL-MS.

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