Mais de 600 profissionais de APAEs no MS estão sem salário desde fevereiro

Problemas no sistema estadual travam repasses; deputado cobra solução para evitar paralisação de serviços.

Thais Dias

Uma grave situação atinge mais de 600 profissionais que trabalham em APAEs e outras entidades do terceiro setor em Mato Grosso do Sul. Professores, coordenadores, auxiliares e funcionários administrativos não recebem seus salários desde fevereiro deste ano, conforme denúncia levada ao deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS).

O problema está relacionado à lentidão do sistema SIAFIC, implantado pela Secretaria de Estado da Fazenda para análise de documentos e liberação de repasses. De acordo com Fabiana Oliveira, vice-presidente da Federação das APAEs, apenas as unidades de Batayporã e Cassilândia estão com pagamentos em dia, enquanto outras 29 aguardam análise de documentos e 12 possuem pendências na prestação de contas.

O deputado Geraldo Resende entrou em contato com o secretário-adjunto da Fazenda, Sérgio Gonçalves, para cobrar soluções. “Ele se comprometeu a agilizar os pagamentos das entidades em situação regular e acelerar a análise dos processos pendentes. Vamos acompanhar de perto porque essas instituições prestam serviços essenciais”, afirmou o parlamentar.

A situação preocupa pois pode levar à paralisação de serviços de educação especial, atendimento terapêutico e assistência social para crianças e adultos com deficiência em todo o estado. Enquanto isso, centenas de profissionais seguem sem receber há quase quatro meses, comprometendo seu sustento e o funcionamento das entidades.

O gabinete do deputado e a Federação das APAEs seguem monitorando o caso e orientando as instituições afetadas. A expectativa é que os repasses sejam normalizados nas próximas semanas, mas a situação ainda exige atenção imediata das autoridades estaduais.

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Edição 249