Após descarte de suspeita em Angélica, Amambai tem aves analisadas; Brasil já registrou 170 casos da doença
Thais Dias
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está investigando um possível caso de gripe aviária em uma criação doméstica de aves no município de Amambai, localizado a 350 km de Campo Grande. Esta é a segunda suspeita registrada no estado em menos de um mês, após um caso anterior em Angélica ter sido descartado após análises laboratoriais.
Segundo informações oficiais, o Brasil atualmente possui cinco casos suspeitos em investigação: um em criação comercial no Rio Grande do Sul e outros quatro em criações domésticas nos estados da Bahia, Ceará, Amazonas e agora Mato Grosso do Sul. Além disso, há quatro suspeitas envolvendo aves silvestres em diferentes regiões do país.
O sistema de defesa agropecuária brasileiro já realizou mais de 2.500 investigações desde maio de 2023, quando foi registrado o primeiro caso em ave silvestre. Até o momento, o país contabiliza 170 casos confirmados, sendo a maioria (162) em aves silvestres, além de quatro em leões-marinhos, três em criações domésticas e apenas um em granja comercial.
As autoridades sanitárias reforçam que a notificação imediata de casos suspeitos é obrigatória para todos os envolvidos com criação de aves, incluindo produtores rurais, técnicos e veterinários. O Serviço Veterinário Oficial (SVO) deve ser acionado sempre que forem observados sintomas como mortes repentinas de aves, dificuldade respiratória ou queda na produção de ovos.
Apesar dos casos registrados, o Brasil mantém seu status sanitário internacional como país livre da gripe aviária em aves comerciais, condição essencial para o comércio internacional de produtos avícolas. O vírus H5N1, causador da doença, apresenta baixo risco de transmissão para humanos, mas as autoridades mantêm o monitoramento constante da situação.