Polícia Civil apura denúncias de exploração humana às margens do Rio Paraná

Moradores foram entrevistados e tiveram condições de vida inspecionadas durante operação na zona rural de Bataguassu

Thais Dias

Na madrugada da última quinta-feira (5), a Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu realizou a Operação Ariranha, com o objetivo de investigar graves denúncias de maus-tratos e condições análogas à escravidão em uma comunidade ribeirinha localizada às margens do Rio Paraná.

A ação foi coordenada pela Seção de Investigações Gerais (SIG) e contou com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar, que disponibilizou embarcações para permitir o acesso à área, de difícil chegada por vias terrestres. As equipes se deslocaram pela região para vistoriar os casebres, ouvir moradores e possíveis vítimas, além de inspecionar as condições de moradia, higiene, alimentação e estrutura sanitária do local.

Durante a operação, os agentes buscaram indícios de exploração humana, como trabalho forçado, privação de liberdade e a negligência quanto às necessidades básicas dos residentes. A comunidade ribeirinha, por sua localização remota, figura entre os pontos considerados vulneráveis à violação de direitos humanos.

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul reforçou que a Operação Ariranha representa um esforço contínuo das forças de segurança para proteger populações vulneráveis e garantir o cumprimento dos direitos fundamentais, mesmo em regiões isoladas. “Nenhum cidadão pode ser deixado à margem da lei ou da dignidade humana, independentemente de onde viva”, destacou a corporação em nota.

As investigações continuam e outras diligências devem ser realizadas nas próximas semanas para aprofundar os levantamentos feitos no local e identificar possíveis responsáveis pelas irregularidades.

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