Júri popular na 1ª Vara Criminal de Três Lagoas condenou Aparecida Graciano de Souza, de 64 anos, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver

Thais Dias

Aparecida Graciano de Souza, de 64 anos, foi condenada a 17 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato do próprio marido, Antônio Ricardo Cantarin, de 63 anos, ocorrido em maio de 2023, em Selvíria. O julgamento, realizado por um júri popular, aconteceu na última terça-feira (10), na 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, e encerrou um caso que chocou a região pela brutalidade do crime cometido por uma idosa.

O crime que abalou Selvíria e Três Lagoas

Em 22 de maio de 2023, Aparecida assassinou o marido, envenenando-o com veneno de rato e, em seguida, esquartejando o corpo. Ela guardou partes do cadáver em uma mala, que deixou às margens da BR-158, onde foi encontrada por um morador que acionou a polícia. Outros restos mortais foram armazenados em um freezer, misturados a alimentos que a acusada utilizava para fazer lanches.

Durante o julgamento, Aparecida afirmou que cometeu o crime em “um momento de estresse”, alegando estar cansada de cuidar do marido, que necessitava de cuidados especiais. Inicialmente, ela negou a autoria, mas depois confessou o homicídio e a ocultação do corpo.

Preso desde 2023, julgamento só em 2025

A acusada estava presa preventivamente desde 26 de maio de 2023 e aguardou mais de dois anos para ser julgada. O júri popular em Três Lagoas considerou as provas contundentes, incluindo depoimentos, perícias e a própria confissão, resultando na condenação pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

O caso ganhou grande repercussão na época, não só pela violência extrema, mas também pelo fato de a autora ser uma idosa, algo que surpreendeu moradores de Selvíria e Três Lagoas. A decisão desta terça-feira põe fim a um dos crimes mais chocantes já registrados na região.

A defesa ainda pode recorrer da sentença.