Dupla foi flagrada em atitude suspeita em frente ao conhecido “Bar Fecha Nunca”, local com histórico de venda de drogas; um dos jovens já tem passagem por tráfico

Thais Dias

A Força Tática desarticulou mais uma ação do tráfico de drogas envolvendo adolescentes durante uma abordagem na rua Abílio Siqueira Campos, na manhã de ontem (11). O local, em frente ao conhecido “Bar Fecha Nunca”, é famoso pelo histórico de comércio ilegal de entorpecentes e já foi alvo de outras operações policiais.

Por volta das 10h, os policiais avistaram dois jovens em atitude suspeita. Ao perceberem a viatura, a dupla agiu de forma nervosa, e um deles jogou um objeto no chão, tentando se livrar de possíveis provas. Durante a revista, os militares encontraram diversas cédulas de dinheiro escondidas na cintura e na cueca de um dos suspeitos, que não soube explicar a origem do valor.

Uma busca no local revelou dez invólucros de substância análoga ao crack escondidos na maçaneta do portão da garagem do antigo bar, além de outro pacote idêntico ao que o jovem tentou descartar.

O segundo adolescente abordado já tem passagem por tráfico de drogas, o que aumentou as suspeitas sobre o real envolvimento da dupla. Ambos alegaram ser apenas “usuários de maconha”, mas nenhuma quantidade da erva foi encontrada com eles, levantando dúvidas sobre a veracidade da declaração.

Local crítico e envolvimento de menores

A ocorrência aconteceu em uma das áreas mais problemáticas da cidade, onde o tráfico recruta adolescentes em situação de vulnerabilidade, transformando ruas residenciais em rotas do crime. Diante dos fatos, a Força Tática acionou o Conselho Tutelar e encaminhou os menores à DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). O material apreendido foi levado para análise, e as investigações continuam para identificar possíveis líderes do esquema.

A operação reforça a atuação das forças de segurança no combate ao tráfico de drogas, especialmente em locais já marcados pela criminalidade. A população tem denunciado cada vez mais a presença de jovens no narcotráfico, exigindo ações integradas entre polícia, poder público e órgãos de proteção à infância.

O caso será investigado, e os adolescentes podem responder por ato infracional análogo ao tráfico de drogas.