Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência e Tecnologia de MS, estava entre os 13 brasileiros que deixaram Tel Aviv após ataques entre Irã e Israel; grupo segue viagem de volta ao país.

Thais Dias

Após dias de tensão devido aos ataques entre Irã e Israel, o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Ricardo Senna, comemorou o início da viagem de volta ao Brasil. Em um post nas redes sociais nesta quinta-feira (19), ele agradeceu as mensagens de apoio e afirmou: “A segurança é total, e o pesadelo acabou”.

Senna integrava um grupo de 13 brasileiros que estavam em Israel a convite do governo israelense quando o conflito se intensificou. Entre os dias 12 e 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva aérea em larga escala contra instalações nucleares e bases militares do Irã, como parte de uma estratégia para conter o avanço do programa nuclear iraniano. O ataque resultou na morte de cientistas e oficiais do regime.

Em menos de 24 horas, o Irã retaliou com uma série de ataques coordenados, disparando mais de 100 mísseis e drones contra cidades israelenses, incluindo Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. A escalada do conflito deixou brasileiros e estrangeiros em alerta, com muitos buscando sair do país.

O grupo de brasileiros, que incluía também a secretária-adjunta da Saúde de MS, Christinne Maymone, e o coordenador de TI da SES, Marcos Espíndola, iniciou a viagem de retorno na madrugada de quarta-feira (18), horário do Brasil. Eles deixaram o hotel em Tel Aviv em veículos fornecidos pelas autoridades israelenses e seguiram por terra até o posto de fronteira Allenby/Rei Hussein, que liga Israel à Jordânia.

Após a travessia, foram recebidos pela imigração jordaniana e encaminhados a um hotel. O governo de Israel está custeando e organizando as passagens aéreas para o retorno ao Brasil.

Apesar do susto, Ricardo Senna destacou que a experiência trouxe lições valiosas para sua atuação na secretaria. “Continuar os trabalhos, muita coisa boa, muito ensinamento na bagagem para compartilhar”, escreveu. Entre os objetivos citados estão o fortalecimento de parcerias entre universidades e o setor privado, além do desenvolvimento do ecossistema de inovação em Mato Grosso do Sul.

“Essas experiências com as viagens, não só internacionais como nacionais, têm nos ajudado a transformar e amadurecer nosso ecossistema de inovação”, completou.

Com a situação mais tranquila, o grupo deve chegar ao Brasil nos próximos dias. Enquanto isso, familiares e colegas aguardam aliviados pelo fim do período de tensão.