Equipes atuam no rio São José dos Dourados e em propriedade rural após prisão de namorado e PM; ossos queimados foram encontrados e aguardam análise de DNA

Thais Dias

As buscas pelo corpo de Carmen de Oliveira Alves, estudante de zootecnia da Unesp desaparecida desde 12 de junho, ganharam um reforço crítico no último sábado (19) com a participação da Marinha brasileira. O caso, tratado como feminicídio, teve avanços após a prisão do namorado da vítima, Marcos Yuri Amorim, e do policial militar ambiental da reserva Roberto Carlos de Oliveira, acusados do crime.

Equipes da Marinha utilizaram uma moto aquática para vasculhar o rio São José dos Dourados, próximo ao sítio do namorado da vítima. A localização foi indicada pelo delegado Miguel Rocha, responsável pelo caso, com base na movimentação dos suspeitos.

Além disso, profissionais da Unesp estão auxiliando com um equipamento de ondas eletromagnéticas para mapear o solo em uma área suspeita da propriedade, onde a terra foi revirada e a grama, recentemente plantada. O local já havia sido alvo de buscas com sonar, drones e apoio de pescadores.

Na última quarta-feira (16), ossos queimados foram encontrados na propriedade de Marcos e enviados para análise de DNA. O delegado afirmou que, embora os restos pareçam ser de um animal, todas as hipóteses estão sendo consideradas. O resultado dos exames ainda não foi divulgado.

Últimos Passos de Carmen

Carmen foi vista pela última vez no dia 11 de junho, após fazer uma prova na Unesp. Sua mãe relatou que ela saiu de casa com uma bicicleta elétrica preta, cujas marcas de pneus foram encontradas em uma mata próxima à universidade. O último sinal de seu celular foi captado perto do rio da cidade.

A família e amigos mobilizaram campanhas e manifestações, pressionando por respostas. A bicicleta da jovem ainda não foi localizada.

A polícia acredita que Carmen foi assassinada no dia seguinte ao seu desaparecimento, em 12 de junho. Marcos e Roberto estão presos, e o caso segue sob investigação para esclarecer todos os detalhes do crime.

A comunidade aguarda ansiosamente por novas informações, enquanto as buscas continuam em terra e água.