Com saída de líderes, prefeitos tucanos veem PSDB enfraquecido

A filiação do governador Eduardo Riedel ao PP e a saída anunciada do ex-governador Reinaldo Azambuja para o PL deixa o PSDB enfraquecido a nível estadual, conforme análise de prefeitos tucanos. Chefiando 44 dos 79 municípios, o PSDB ainda mantinha força no Mato Grosso do Sul, mas com a imagem nacional já desgastada, Eduardo Riedel foi o último governador a deixar a sigla.

A frente da cidade de Bonito, Josmail Rodrigues (PSDB), apoia a decisão de mudanças dos maiores líderes do então ninho. “O PSDB, no nosso estado e no país, se enfraqueceu muito e com certeza os líderes vão buscar outras siglas, tem que fomentar uma sigla forte. O governador Eduardo Riedel, no PP, tem uma boa conversa com a senadora Tereza, são parceiros então eu calculo que estão buscando o melhor caminho para o MS”, declarou o prefeito citando a presidente do PP no MS, senadora Tereza Cristina.

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro acredita que as mudanças vão contribuir para o partido diminuir de tamanho. “Era o maior partido, mas vai acabar a potência. Eu vou acompanhar o Reinaldo, eu sigo com ele. Aonde ele for, eu vou. O partido só é uma sigla, quem faz são os membros”, afirmou o prefeito já adiantando que deve seguir com o atual presidente tucano.

Em Jardim a posição é a mesma, o prefeito Juliano Miranda, o Guga, está no aguardo de orientações se deve continuar no ninho ou alçar novos voos. “Vejo com muito bons olhos, acredito em uma grande frente de centro-direita, tenho certeza que essas mudanças serão importantes para o governador e o Reinaldo Azambuja. Vamos seguir a orientação dos dois líderes, Riedel e Reinaldo”.

O prefeito de Jaraguari, Claudio Ferreira, o Claudião, mudanças são necessárias para a política e favorável ao cenário de 2026. Ele acredita em uma nova federação, mas aguarda as orientações sobre permanecer na sigla. “Pois unem dois grandes partidos de expressão no país. Sou companheiro e estarei acompanhando a decisão. O PSDB a princípio ficará com os deputados, aguardando uma federação com Republicanos e outros”, disse.

O chefe do Executivo de Alcinópolis é favorável à saída dos líderes tucanos e aguarda a possibilidade de janela partidária para os deputados federais e estaduais. “Eu acredito que ambos fizeram uma excelente escolha. PP e União ficaram fortes e o projeto continua. Nossa primeira opção é a reeleição do Eduardo Riedel e nossa segunda é a eleição do pré-candidato ao senado Reinaldo Azambuja. O futuro do PSDB no estado: temos uma bancada grande estadual e federal, agora é esperar abrir a janela e ver para onde cada um vai. Vamos seguir as ordens do nosso presidente Reinaldo, estamos no aguardo”.

Em Angélica as mudanças não tiveram tanto impacto, o prefeito Edinho Cassuci, destacou que já era esperado. “No futuro teremos um número reduzido de partidos e vejo isso com bastante tranquilidade. Agora nossas lideranças estão no PP e no PL, o vice-governador Barbosinha foi pro PSD e com isso vamos formar a equipe”, analisou.

Ao contrário dos correligionários, o prefeito de Figueirão afirma que ficará no PSDB mesmo com a saída de Azambuja e Riedel. “Estou no PSDB e vou continuar no PSDB. Quanto à ida do presidente e governador, eu acredito que é um jogo político e que será favorável ao Mato Grosso do Sul. Vejo que a decisão foi bem pesada, definida e tomada a posição. Eu respeito”, finalizou.

Reinaldo Azambuja ainda continua filiado no PSDB, mas já anunciou na imprensa que sua saída deve ser formalizada em setembro, rumo ao PL.

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Edição 257