Queda de arrecadação no gás natural gerou contenção de gastos no governo

O decreto que pede a contenção em 25% dos gastos da administração estadual foi causado principalmente pela queda na importação do gás natural vindo da Bolívia. Conforme o governador Eduardo Riedel houve uma queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e foi preciso mudanças para evitar cortes nos investimentos.

“A gente teve uma redução, especificamente em uma conta de ICMS que é o gás natural, o volume importado da Bolívia sempre gerou uma arrecadação importante para o estado e diminuiu bastante nos últimos dois anos. Foi preciso adotar esta medida de contenção de gastos para que a gente pudesse preservar investimento”, disse o governador durante entrevista à TV Morena na manhã desta quinta-feira (21).

Com a expectativa da importação da Bolívia encerrar em 2030, Eduardo Riedel afirmou que estão buscando novas frentes e garantiu que não deve aumentar impostos ou reduzir investimentos. “Não precisa ninguém ficar preocupado com recurso de custeio das ações básicas do governo e nem com volume de investimento porque isso é prioridade para gente. Agora nós vamos passar um pente fino, lupa, nas despesas do estado para fazer essa redução é como eu sempre disse: o mais fácil é subir imposto. A gente não sobe imposto, a gente tem buscado o caminho da redução de gastos em um momento difícil”.

Investimento

Como desdobramento da Missão Ásia, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, recebeu, nesta quarta-feira (20), representantes de empresas do ramo do gás natural interessadas em investir em Mato Grosso do Sul. A reunião demonstrou o potencial de trazer novos negócios para o Estado e contribuir para a transição energética das indústrias locais.

Para Longen, essa é a primeira iniciativa após as visitas feitas na Índia. “Trouxemos aqui um projeto de gás líquido, em que empresas já têm condições de atender demandas de muitos empresários de Mato Grosso do Sul. São grandes negócios que já operam em outros países e também no Brasil, então vamos avançar com esse novo produto no Mato Grosso do Sul. Temos objetivo claro com a transição energética e a neutralização do carbono que, de certa forma, as empresas já vêm construindo nas suas bases”.

Presidente da América Latina InoxCVA Índia, Marcelo Ferreira Leite afirmou que a empresa é uma das maiores do mundo no fornecimento de equipamentos criogênicos (de temperaturas extremamente baixas) para armazenagem, distribuição e regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) e está em constante desenvolvimento global.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou que as possíveis parcerias estão em consonância com a agenda estratégica de transição energética do governo, que visa atingir a meta de carbono neutro até 2030, em Mato Grosso do Sul. “Apresentou-se mais uma alternativa de transição energética do diesel para o gás natural, nesse caso, o gás natural liquefeito”.

(*) Com assessoria

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Edição 257