Dados do Caged mostram que a construção civil foi o principal motor da geração de empregos formais no estado em julho, com destaque para obras de infraestrutura e megainvestimentos industriais
Mato Grosso do Sul registrou um saldo positivo de 3.023 vagas de emprego com carteira assinada no mês de julho, impulsionado principalmente pelo desempenho do segmento da construção civil. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que a construção foi responsável por 1.191 das novas vagas, representando quase 40% do total de empregos gerados no período. O comércio apareceu em segundo lugar, com 675 vagas, seguido pelo setor de serviços (603) e pela indústria (368).
O desempenho do estado reflete um crescimento econômico sustentado por grandes obras de infraestrutura e investimentos industriais. Com esse resultado, Mato Grosso do Sul se aproxima da marca histórica de 700 mil trabalhadores com carteira assinada, atingindo um estoque de 697.024 contratos formais. Caso o ritmo seja mantido em agosto, o estado deve superar essa barreira simbólica ainda este ano.
A geração de empregos na construção civil concentrou-se em quatro municípios que respondem por projetos estratégicos: Inocência (386 vagas), Nova Alvorada do Sul (381), Campo Grande (296) e Ribas do Rio Pardo (209). Em Inocência, o avanço exponencial está diretamente ligado às obras da megafábrica de celulose da Arauco, um investimento de R$ 24 bilhões com previsão de conclusão para 2027. Já em Ribas do Rio Pardo, as contratações seguem fortemente influenciadas pela instalação da fábrica da Suzano, inaugurada no ano passado, que continua gerando demanda por moradias e infraestrutura comercial na segunda fase do projeto.
Em Nova Alvorada do Sul, os números refletem tanto investimentos no setor sucroalcooleiro quanto obras de infraestrutura local. Na capital, Campo Grande, a demanda natural do setor da construção somou-se às obras de duplicação da BR-163, executadas pela Motiva Pantanal (antiga CCR MSVia), criando um cenário favorável para a geração de empregos.
O estoque total de trabalhadores formais no estado mostra uma distribuição por setores onde o setor de serviços lidera com 270.907 profissionais, seguido pelo comércio (157.724), indústria (134.154), agropecuária (100.381) e construção civil (33.859). A construção, apesar de ser o menor em estoque, demonstra ser o setor de maior dinamismo no momento, com crescimento proporcional significativo.
Em Campo Grande, os números do mês de julho mostram a construção civil como principal geradora de empregos (296), seguida pelo comércio (147), agropecuária (105), indústria (23) e serviços (12). A capital mantém um estoque de 254.607 trabalhadores com carteira assinada, concentrados principalmente no setor de serviços (142.758), comércio (62.925), indústria (27.280), construção (15.540) e agropecuária (6.004).
Os dados confirmam que Mato Grosso do Sul vive um momento de aquecimento econômico, com grandes investimentos industriais e em infraestrutura gerando efeitos positivos no mercado de trabalho formal, beneficiando tanto a capital quanto o interior do estado.