Dados do Caged mostram que a cidade perdeu 92 postos de trabalho com carteira assinada no período, na contramão do saldo positivo de 3 mil vagas no estado

Mato Grosso do Sul registrou um saldo positivo de 3.023 postos de trabalho com carteira assinada apenas no mês de julho, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Observatório do Trabalho, ligado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e à Funtrab.

O resultado foi impulsionado por 36.395 admissões contra 33.372 desligamentos no período. No acumulado do ano (janeiro a julho de 2025), o Estado já abriu 26.755 novos empregos formais, um crescimento de 4,2% no estoque de vagas, que agora totaliza 697.024 postos ocupados. Com isso, MS se consolida na 13ª posição no ranking de empregabilidade entre os estados brasileiros.

O ritmo de contratações em julho mostrou um crescimento expressivo de 69% em relação a junho e alta de 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Setores e municípios em destaque

Os setores que mais contribuíram para a geração de empregos em julho foram:

• Construção Civil: +1.191 vagas

• Comércio: +675 vagas

• Serviços: +603 vagas

Entre os municípios, Campo Grande liderou a criação de novas oportunidades, com um saldo positivo de 583 empregos. Na sequência, aparecem Inocência (+376), Chapadão do Sul (+343), Nova Alvorada do Sul (+221) e São Gabriel do Oeste (+218).

Por outro lado, Três Lagoas aparece entre os municípios com saldo negativo no período, com a perda de 92 postos de trabalho formais. Além dela, Dourados (-154), Água Clara (-104), Caarapó (-95) e Rio Brilhante (-81) também fecharam mais vagas do que abriram.

Nos últimos 12 meses (agosto de 2024 a julho de 2025), o saldo de empregos formais em Mato Grosso do Sul foi de 16.689 novas vagas. A taxa de rotatividade – que mede a entrada e saída de trabalhadores – ficou em 32,69% em julho, alinhada à média nacional, indicando um mercado de trabalho estável, apesar dos ajustes pontuais em cidades como Três Lagoas.

A análise setorial e municipal reforça a dinâmica diversificada da economia sul-mato-grossense, com performance variada entre regiões, mas mantendo trajetória de crescimento no emprego formal ao longo de 2025.