Projeto educacional vencedor de prêmio em 2015 reuniu cartas, objetos e expectativas de estudantes; ex-alunos compareceram para reencontrar suas lembranças
Neste sábado (30), a Escola Municipal Gentil Rodrigues Montalvão, em Três Lagoas, reviveu uma década de histórias ao abrir oficialmente a Cápsula do Tempo lacrada em 2015, como parte do projeto “O Centenário na Cápsula do Tempo”. O evento, aguardado por dez anos, reuniu ex-alunos – muitos hoje adultos –, professores, familiares e moradores para reencontrar memóiras e refletir sobre as transformações da cidade e da educação no período.
Idealizado e coordenado pela professora Rosiane Bernardino, o projeto havia conquistado na época o 1º lugar no Prêmio Professor Destaque. Na ocasião, alunos do 4º ano produziram cartas, desenhos, depoimentos, juntaram objetos escolares, fotografias e até materiais em formato digital, como CDs e pendrives, que foram guardados em um baú – a “cápsula” –, que permaneceu fechado por uma década.
A abertura emocionante revelou um verdadeiro arquivo afetivo e histórico: uniformes antigos da rede municipal, trabalhos manuais, cartas escritas pelas crianças da época, edições do jornal Hojemais, a edição comemorativa do centenário de Três Lagoas e outros itens que retratavam o cotidiano dos estudantes em 2015.
Ex-alunos presentes tiveram a chance de reencontrar suas próprias produções infantis. Muitos se emocionaram ao rever as expectativas que tinham para o futuro – tanto para suas vidas quanto para a cidade.
Além de resgatar recordações, o evento destacou a importância pedagógica e cultural da iniciativa, que conseguiu preservar não apenas recordações escolares, mas parte da história recente de Três Lagoas em um momento simbólico: seus 100 anos.
A professora Rosiane Bernardino, responsável pelo projeto, acompanhou a abertura ao lado de equipe pedagógica e direção da escola. Em depoimento, ela reforçou como a cápsula serviu como uma ponte entre gerações, permitindo que os alunos de hoje conheçam a visão e os sonhos daqueles que viveram o centenário.
O evento não apenas encerrou simbolicamente uma década de espera, mas também inspirou a comunidade escolar a continuar valorizando a memória coletiva e a identidade cultural de Três Lagoas.
