Foragido desde 2018, sul-mato-grossense era chefe de organização criminosa que atuava em cidades como Campo Grande, Dourados e Ponta Porã e enviava drogas para outros estados.
A Polícia Militar de Minas Gerais, em uma ação conjunta com o Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI-RJ) da Polícia Federal, prendeu na última sexta-feira (12) o sul-mato-grossense Luis Carlos Alves Colman. Apontado como líder de uma poderosa organização criminosa de tráfico internacional de drogas e armas, Colman estava foragido da justiça e foi localizado na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Após a captura, ele foi encaminhado à delegacia da Polícia Civil local.
A prisão é um desfecho importante de uma longa investigação que começou em 2018. Colman era um dos principais alvos da Operação Fura 556, deflagrada em junho daquele ano, que investigava uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual e internacional de armas de fogo e entorpecentes. Na ocasião, ele e outras cinco pessoas foram alvo de mandados de prisão.

A atuação do grupo, conforme as investigações, se concentrava em cidades do Mato Grosso do Sul, como Campo Grande, Dourados, Bonito e Ponta Porã (fronteira com o Paraguai), e também em Guaíra, no Paraná. A quadrilha era responsável por realizar remessas de drogas, utilizando principalmente aeroportos da região, com destaque para o estado de Pernambuco como um dos principais destinos.
As apurações detalharam que, entre junho e dezembro de 2017, a organização comandada por Colman comprou, importou, transportou e forneceu grandes quantidades de entorpecentes. Além das drogas, o grupo também traficava armas de fogo. A investigação comprovou a compra e o fornecimento de um fuzil calibre 5,56 mm e munições de uso restrito para outros criminosos.
Condenação e Fuga
Apesar de ter sido preso durante a operação em 2018, Luis Carlos Colman conseguiu posteriormente fugir, tornando-se foragido. Em setembro de 2019, sua sentença foi proferida pela 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS). Ele foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de:
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Tráfico internacional de entorpecentes;
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Associação criminosa;
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Posse ilegal de arma de fogo de uso permitido;
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Posse ilegal de arma de fogo de uso restrito (referente ao fuzil apreendido).
A captura do foragido, fruto do trabalho integrado entre a PMMG e a PF, representa a interrupção das atividades de um dos líderes de uma organização criminosa de alto impacto, responsável por abastecer outras facções com drogas e armas de grande poder de fogo em diversas regiões do país. Colman aguardará os trâmites legais para ser transferido para o sistema prisional federal.











