Mato Grosso do Sul é alvo de operação nacional da PF contra tráfico do PCC

Operação Vila do Conde, que bloqueou R$ 291 mi, cumpriu mandados no estado. Investigação mira tráfico internacional de drogas e lavagem por empresas de fachada

 

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (23) a Operação Vila do Conde, que desarticulou uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A ação cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco estados: São Paulo, Pará, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. As autoridades não divulgaram os municípios ou a quantidade de alvos específicos em Mato Grosso do Sul.

A investigação, que desvendou uma complexa rede logística para enviar cocaína à Europa e lavar os lucros do crime, teve início em fevereiro de 2021. O ponto de partida foi a apreensão de 458 quilos de cocaína no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Pará. A droga estava oculta em uma carga de quartzo e tinha como destino final o Porto de Rotterdam, na Holanda.

De acordo com a PF, o grupo criminoso estruturou um esquema para escoar a droga para o continente europeu e, paralelamente, criou empresas fictícias para inserir os lucros ilícitos na economia formal. Os investimentos ocorriam em setores como restaurantes e prestação de serviços. Segundo os investigadores, o esquema movimentou milhões de reais, o que levou ao bloqueio judicial de R$ 291,5 milhões em bens, direitos e valores dos investigados.

Conforme informações do G1, o principal alvo da operação é Alexandre Constantino Furtado, vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) e presidente da escola de samba Império Casa Verde. Ele é apontado pela polícia como integrante da facção PCC.

A ofensiva policial é coordenada pela FICCO/SP (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), que reúne Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, com a participação da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN). A operação visa desmantelar toda a estrutura logística e financeira do grupo.

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Edição 261