Celeiro para o mundo: aos 48 anos, MS se consolida como estado exportador de produtos para mais de 120 países

Neste 11 de outubro Mato Grosso do Sul celebra 48 anos de sua criação. Com desenvolvimento crescente e foco nas exportações, o Estado se consolida com a diversificação produtiva, aliada a continuidade comercial de itens como carne, grãos e cana-de-açúcar.

O Estado tem grande visibilidade como vitrine de negócios para empresas e indústrias nacionais e internacionais, com projeção de alcançar o terceiro maior crescimento do PIB 2025 (5,3%) – conforme análise recente da Resenha Regional do Bando do Brasil.

Os dez principais destinos das exportações sul-mato-grossenses são China, Estados Unidos, Países Baixos, Indonésia, Itália, Chile, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Turquia e Índia, que em conjunto, responderam por mais de 85% do valor exportado. Também figuram como principais parceiros comerciais do Estado países como Itália, Argentina, Holanda e Uruguai, num total de 120 países com os quais o MS mantém relações comerciais para exportação de produtos.

Investimentos na área de lojistíca – com a Rota Bioceânica e a Rota da Celulose –, além da transformação do Estado em ‘Carbono Neutro’ com base em políticas efetivas de transição energética, agricultura sustentável, redução do desmatamento e segurança alimentar, contribuem para a geração de emprego e renda em todos os municípios.

A relevância do Estado, como “potência agrícola” é evidente devido a representividade dos produtos sul-mato-grossenses no mercado interno e externo. Nas exportações, os destaques são os itens como carne (bovina, suína e de frango), soja, milho, produtos florestais, cana-de-açúcar, amendoim, cítricos e mineração.

Em 2024, Mato Grosso do Sul exportou aproximadamente US$ 7,5 bilhões, consolidando-se como um dos principais estados exportadores do Centro-Oeste. Os dados – do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) –, apontam que os principais produtos exportados, origem agroindustrial, são soja (em grãos), responsável por aproximadamente US$ 3,68 bilhões, além de produtos florestais (US$ 2,67 bilhão), carnes (US$ 1,71 bilhão) e cereais, farinhas e preparações (US$ 222,85 milhões)

E os principais destinos de produtos provenientes de MS são a China (47,09%), União Eropéia (11,89%) – bloco econômico composto por 27 países –, Estados Unidos (5,71%) e a Indonésia (2,96%). Mas países como Chile, Emiradores Árabes, Turquia, Índia, Egito e Argélia, também aparecem como outros destinos de produtos sul-mato-grossenses.

O mercado chinês, principal consumidor da produção de Mato Grosso do Sul, recebe principalmente soja, celulose e carne bovina. No caso da soja, são exportados mais de 5,6 milhões de toneladas, com valor de aproximadamente US$ 2,4 bilhões.

A lista de produtos exportados para diversos países também contém itens como ferro, pó de ferro ou aço, celulose, produtos florestais, farelos de soja e outros alimentos para animais, açúcares e melaços, milho, couro, minério de ferro, entre outros.

Os alimentos e outros produtos de MS são consumidos e utilizados em países da América do Sul e do Norte, além da Europa, África e Ásia, demonstrando a importância mundial da produção agrícola do Estado.

Já este ano, com a continuidade do crescimento das exportações de MS, o secretário Jaime Verruck (Semadesc), confirmou que o  cenário demonstra a força e o dinamismo do setor exportador do Estado. “Mesmo em um cenário de incertezas no comércio internacional, Mato Grosso do Sul conseguiu expandir suas vendas externas, com destaque para a carne bovina e para a diversificação de destinos. Esse desempenho reforça nossa competitividade e abre caminho para novos mercados”.

Com a quarta maior produção de carne bovina, com 3,96 milhões de cabeças, o MS também é o quarto estado no ranking desta exportação no País. Já em produtos florestais, o Estado é o segundo em produção, e o primeiro em exportação, com 1,75 milhão de hectares (eucalipto, seringueira e pinus).

“Podemos destacar a solidez do desempenho de nossas exportações lideradas pela celulose, seguida de perto pela soja e com uma participação importante do setor de carnes. Nossa economia está fortemente alicerçada nessas commodities. Somos essencialmente um Estado exportador”, disse Verruck, sobre o resultado das exportações nos nove primeiros meses do ano.

O Estado é ainda o terceiro maior exportador de etanol do Brasil, com vendas que somaram US$ 98 milhões. O produto é adquirido por 35 países, incluindo Holanda, Canadá, China, Egito, Iraque, Portugal, Rússia, Uruguai e Bangladesh.

Além do impacto econômico, a bioenergia em MS exerce um papel essencial na agenda ambiental. O setor é protagonista na mitigação das emissões de carbono, não apenas por seu processo produtivo eficiente e sustentável, mas também pela oferta integrada de combustíveis, alimentos e energia de fonte limpa e renovável, com menor pegada de carbono.

A contribuição estratégica fortalece o protagonismo do setor no MS Carbono Neutro 2030, plano estadual que reconhece o papel da bioenergia na construção de um futuro mais sustentável e de baixo carbono.

Desenvolvimento

O fluxo de exportações contribui diretamente para fortalecer a balança comercial, mitigando desequilíbrios, além de promover estabilidade cambial, reduzir a exposição do país a choques externos, ampliar a capacidade de investimentos públicos e privados, gerar emprego e renda, e ainda sustentar as cadeias produtivas ligadas à produção, transporte, armazenamento e serviços de apoio ao comércio exterior.

O desempenho positivo gera impactos diretos na economia e na produção agropecuária do Estado, com estímulo a continuidade de investimentos e ainda contribui para o desenvolvimento das regiões produtoras. O cenário ainda reforça a confiança dos produtores rurais para manter investimentos em tecnologia, produtividade e qualidade, que sustentam a competividade do agronegócio.

O Estado mantém o ritmo de expansão das exportações, consolidando a presença dos produtos sul-mato-grossenses nos principais mercados internacionais, mesmo em um cenário global com desafios. O trabalho conjunto entre produtores e agroindústrias, com o apoio do Governo de MS, reforçou a competitividade e a qualidade da produção regional.

Cadeias estáveis e permamentes de produção – soja, carne e celulose, que juntas representam 70% do faturamento – mantém as exportações estaduais, ao mesmo tempo que novos mercados e produtos reforçam a diversificação e a resiliência do setor em MS.

Para o interior de MS, um dos efeitos diretos do dinamismo das exportações está relacionado a interiorização do desenvolvimento econômico, em municípios como Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, que se consolidam como polos de produção, processamento e escoamento de matérias-primas estratégicas, como soja e minério de ferro.

O processo favorece a atração de investimentos estrangeiros diretos, aumenta a arrecadação estadual e municipal, expande a infraestrutra logística e energética e ainda contribui para adoção de tecnologias voltadas à eficiência produtiva e sustentável. Fatores que reforçam o papel do comércio exterior como vetor de integração competitiva de Mato Grosso do Sul à economia global.

O cenário exportador de Mato Grosso do Sul evidencia um modelo de crescimento sustentado pela inserção internacional, onde a combinação entre agronegócio, industrialização e inovação tecnológica posiciona o Estado com destaque na geração de riqueza e na estabilidade macroeconômica do Brasil.

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Edição 261