Um homem de 32 anos, conhecido pelas autoridades por sua participação em atividades ilícitas e uso contínuo de entorpecentes, foi detido novamente em Dourados na última terça-feira (7). Sua aparência, visivelmente debilitada e frágil, chamou a atenção nas imagens registradas pela Polícia Militar durante a quarta prisão por furto.
Nascido em Curitiba (PR) e prestes a completar 33 anos no próximo dia 17 de novembro, o homem apresentou-se à Depac Dourados (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) como foragido do regime semiaberto. Em depoimento, declarou estar desempregado, vivendo nas ruas e ter desenvolvido dependência de pasta base de cocaína ainda na adolescência.
A situação familiar também foi mencionada: ele forneceu contatos de parentes, que, no entanto, manifestaram total desinteresse em manter comunicação ou receber quaisquer informações sobre seu estado.
Decisão judicial e histórico de crimes
Durante a audiência de custódia, o juiz Ricardo da Mata Reis converteu a prisão em flagrante em preventiva. Nos documentos oficiais, não houve menção específica ao estado de saúde do detento, mas foi recomendado o encaminhamento para tratamento de dependência química.
Esse não é o primeiro caso recente envolvendo o mesmo indivíduo. Em 21 de setembro, ele havia invadido uma residência na Vila Industrial para furtar um relógio. Na ocasião, seu estado clínico alarmante comoveu a vítima, que preferiu não levar adiante maiores complicações, desde que recuperasse seus pertences.
No entanto, foi constatada a ausência de um relógio inicialmente avaliado em R$ 7 mil – valor posteriormente contestado por especialistas, que o orçaram em R$ 320.
Já no dia 8 de outubro, o homem foi detido mais uma vez, agora por subtrair uma bicicleta elétrica no bairro Dioclécio Artuzi.
O caso expõe a vulnerabilidade social e a reincidência criminal associadas ao uso de drogas. A trajetória do homem, marcada por sucessivas prisões, dependência química e abandono familiar, levanta questões sobre a eficácia do sistema socioeducativo e de saúde no tratamento de casos crônicos.
Agora sob prisão preventiva, aguarda encaminhamento para tratamento, conforme determinação judicial, enquanto responde pelos crimes cometidos.