Simone tem partido e pode destituir diretório em caso de embate

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), tem um bom trânsito com à Executiva Nacional do MDB e surge como um dos nomes mais fortes do partido para disputar uma vaga ao Senado Federal por Mato Grosso do Sul e, de quebra, oferecer palanque à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado.

A ex-candidata à Presidência da República mantém relações sólidas com o presidente do partido, Baleia Rossi, e com outras lideranças influentes da legenda em Brasília. Essa proximidade pode ser determinante para neutralizar resistências dentro do diretório regional, onde setores do MDB sul-mato-grossense ainda demonstram alinhamento a grupos políticos de oposição ao governo federal.

Nos bastidores, dirigentes da sigla lembram que, em caso de embate entre a direção estadual e a nacional, os estatutos do MDB permitem a destituição do diretório regional e a formação de uma comissão provisória alinhada à Executiva Nacional.

Simone, que tem desempenhado papel de destaque no governo Lula, especialmente na condução do orçamento e nas negociações com o Congresso, é vista pelo Planalto como uma aliada estratégica na região Centro-Oeste, onde o petismo historicamente enfrenta dificuldades eleitorais.

Caso o MDB faça valer a força do nome de Simone, os deputados estaduais e lideranças do partido no Mato Grosso do Sul, como o ex-governador André Puccinelli, podem sair em debandada e buscar novas siglas. No estado o partido tem aliança com o governador e candidato a reeleição Eduardo Riedel, candidato da direita.

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Edição 262