Operação da PF em Três Lagoas prende suspeito de crimes sexuais contra crianças

Operação Escudo de São Miguel I cumpre mandado em Três Lagoas e alerta pais sobre os perigos na internet

 

 

Nesta quinta-feira (30/10), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Escudo de São Miguel I, com o objetivo de identificar e prender criminosos envolvidos em crimes de abuso sexual infantojuvenil praticados pela internet. A ação resultou na prisão em flagrante de um indivíduo no município de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul.

Durante os trabalhos, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, expedido pelo Juízo de Garantias da 5ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Campo Grande. No local, os agentes encontraram e apreenderam dispositivos eletrônicos que continham cenas de abuso sexual infantojuvenil. O preso foi autuado e os materiais apreendidos serão encaminhados para perícia técnica para a identificação de mais provas e possíveis vítimas.

A PF aproveitou a ocasião para destacar uma importante evolução na terminologia utilizada para descrever esses crimes. Embora a palavra “pornografia” ainda conste no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a comunidade internacional e as autoridades policiais especializadas entendem que a nomenclatura mais adequada é “abuso sexual infantojuvenil” ou “violência sexual de crianças e adolescentes”.

Esta mudança não é meramente semântica. O termo “pornografia” pode, inadvertidamente, minimizar a gravidade do ato, enquanto “abuso” e “violência” ajudam a dar a real dimensão do sofrimento e do dano devastador infligido às vítimas, deixando claro que se trata de um crime brutal e não de uma produção.

Orientação para pais e responsáveis

Diante da crescente ocorrência de crimes cibernéticos, a Polícia Federal emitiu um alerta crucial para pais e responsáveis. A proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual é uma responsabilidade que exige atenção constante. Especialistas recomendam:

  • Monitorar e orientar: Acompanhar de perto as atividades online dos jovens, em redes sociais, jogos e aplicativos.

  • Diálogo aberto: Conversar francamente sobre os perigos da internet, ensinando como identificar e evitar contatos inadequados.

  • Observar comportamentos: Estar atento a mudanças repentinas de comportamento, como isolamento, ansiedade ou excesso de sigilo no uso de celulares e computadores.

  • Canal de confiança: Reforçar para a criança ou adolescente que ela pode e deve procurar ajuda de um adulto de confiança caso se sinta ameaçada ou constrangida online.

A operação reforça que a prevenção e a informação são as ferramentas mais eficazes para combater esses crimes e proteger a integridade e o bem-estar de crianças e adolescentes. A investigação continua em andamento para apurar a extensão dos crimes e identificar possíveis cúmplices.

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Edição 262