Confusão na identificação de vítima durante operação no Rio levou à disseminação de informações falsas; investigações apuram onde está a mulher conhecida como Penélope

Uma reviravolta no caso da jovem conhecida como “Japinha do CV” desfez um boato que havia ganhado as redes sociais. Segundo fontes oficiais, o corpo encontrado com um disparo de fuzil no rosto durante uma operação policial de grande porte na zona norte do Rio de Janeiro não é o dela. A mulher, identificada pelo apelido Penélope, não consta na lista de mortos divulgada pelas autoridades, e seu paradeiro atual é desconhecido.

A operação, que envolveu forças estaduais e federais, teve como alvo a facção Comando Vermelho (CV) em comunidades da zona norte da cidade. A ação, uma das mais intensas dos últimos tempos, resultou em dezenas de mortos e presos.

Durante os confrontos, imagens que circulavam amplamente nas redes sociais apontavam que o corpo de uma pessoa vestida com roupa camuflada seria o de “Japinha”. No entanto, a informação foi desmentida pelas investigações. A Polícia confirmou que o corpo exibido nas imagens virais é, na verdade, do sexo masculino. A confirmação oficial evidencia o erro na identificação precipitada e joga luz sobre a dificuldade de apuração em meio a operações de grande complexidade.

A “musa do crime” e a disseminação de desinformação

Conhecida como “musa do crime”, Penélope ganhou notoriedade na internet por aparecer em fotos e vídeos fortemente armada e fardada, supostamente em ações do Comando Vermelho. Ela era apontada como uma integrante de linha de frente da facção, atuando em áreas dominadas pelo grupo.

O interesse em torno de sua figura explodiu após os rumores de sua morte, o que serviu de combustível para a rápida e descontrolada disseminação de desinformação. A confusão revela como narrativas não verificadas podem se espalhar e criar factoides, dificultando o trabalho das autoridades e causando angústia aos familiares.

Até o momento, não há qualquer confirmação oficial sobre a localização de Penélope – se está viva, foragida ou presa. As autoridades não divulgaram detalhes sobre a identidade do homem cujo corpo foi inicialmente e erroneamente identificado como o dela.

O caso segue sob apuração, e novas informações devem ser divulgadas conforme a Polícia concluir laudos e relatórios periciais. O episódio serve como um alerta sobre a importância de se aguardar a verificação oficial de fatos, especialmente em situações de alta tensão e violência, evitando que a especulação e a desinformação prevaleçam.