Operação “Apagar das Luzes” do MPMS apura fraude de R$ 62 mi em contratos de iluminação pública de CG

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Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Prefeitura e em empresa contratada; superfaturamento e fraudes em licitações são investigados

 

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (19), a Operação “Apagar das Luzes”, que investiga suspeitas de fraudes em licitações e contratos de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande. A ação é conduzida pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), com apoio da 31ª Promotoria de Justiça da capital.

As investigações apontam para um superfaturamento superior a R$ 62 milhões já identificado em contratos, além de fraudes reiteradas em processos licitatórios e na execução dos serviços. Segundo o MPMS, há indícios de envolvimento de servidores públicos municipais com as empresas contratadas.

Equipes do Gecoc cumprem 14 mandados de busca e apreensão. Em Campo Grande, as ações ocorrem no prédio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e na sede da Construtora B&C Ltda., uma das empresas investigadas. Mandados também são executados no município de Balneário Piçarras, em Santa Catarina, com apoio dos Ministérios Públicos de ambos os estados.

De acordo com publicação oficial, o último contrato entre a Construtora B&C Ltda. e a Prefeitura de Campo Grande foi firmado em maio de 2024, com valor inicial de R$ 8 milhões para serviços de manutenção, implantação e ampliação da iluminação pública nas regiões do Imbirussú, Lagoa, Prosa e Segredo. O contrato, que passou por duas renovações, tem validade até junho de 2026 e está entre os investigados pela operação, que atinge contratos ainda em vigência, firmados em 2024 e que receberam aditivos.

O nome da operação faz referência direta às fraudes apuradas nos contratos de iluminação pública e à suposta falta de transparência na gestão dos serviços.

Até o momento, o MPMS não divulgou detalhes adicionais sobre possíveis alvos nominados ou prisões. A reportagem tentou contato com a Construtora B&C Ltda., mas não obteve retorno.

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Edição 269