Em Três Lagoas, prédios da segurança pública são revitalizados com mão de obra prisional

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A força de trabalho de reeducandos da Colônia Penal Industrial “Paracelso de Lima Vieira Jesus”, unidade masculina de regime semiaberto de Três Lagoas, tem garantido a execução de obras em prédios da segurança pública na cidade. A ação integra as frentes de ressocialização da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) que buscam associar reintegração de apenados a beneficio direto da sociedade.

Entre os trabalhos executados, estão em andamento obras na Unei (Unidade Educacional de Internação) “Tia Aurora”, no bairro Chácara Imperial. No local, os apenados em regime semiaberto vêm realizando serviços de pintura, alvenaria, hidráulica, limpeza, entre outros.

Internos atuam em reparos na Unei Tia Aurora.

No momento, dois custodiados executam a pintura do anfiteatro da unidade. “Dentro de suas possibilidades, a direção da Colônia Penal vem selecionando mão de obra qualificada, para atender nossas necessidades”, agradece o diretor da unei, Nilson Elias Ferreira. “Isso gera uma economia com gasto na mão de obra e agiliza os serviços que precisamos”.

Os serviços em prédios públicos da segurança de Três Lagoas são realizados por meio de autorização do juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira, da VEPIn (Vara de Execução Penal do Interior). A equipe do local atendido fica responsável pelo transporte, bem como acompanhamento dos internos durante os trabalhos. Pelos serviços prestados, os reeducandos conquistam remição na pena: a cada três dias de trabalho, um é diminuído no tempo de prisão.

Outra ação foi a execução da pintura externa da Unidade Operacional da PRF (Policia Rodoviária Federal), realizada neste mês, que ajudou a garantir um ambiente melhor para policiais trabalharem em prol da segurança de toda a população. “Tínhamos o material e a necessidade de revitalizar o local, então solicitamos este apoio da direção da unidade penal, que foi fundamental”, elogia o policial rodoviário federal, Carlos Alexandre Pacheco, ressaltando a celeridade da direção do presídio e do judiciário em possibilitarem os serviços no local.

Para o diretor da Colônia Penal de Três Lagoas, José Antonio Garcia Sales, a participação dos internos nessas obras é mais uma forma do sistema penitenciário contribuir ainda mais com a segurança da comunidade. “A inserção desses homens em situação de privação de liberdade no serviço possibilita a efetiva transformação de condutas, seja pela qualificação dos serviços, disciplina e também na autoestima dessas pessoas, que se sentem incluídas em algo maior, além da redução na pena que conquistam com o suor do seu trabalho digno”, argumenta Sales.

Assim como em Três Lagoas, a utilização do trabalho prisional em prol da estruturação de prédios da segurança pública traz benefícios à população em várias partes do Estado. Em Amambai, por exemplo, custodiados do regime fechados trabalharam na construção da sede do 2º Subgrupamento da Polícia Militar Ambiental; em Coxim, internos construíram a sede do Instituto Médico Legal e em Dourados, Ponta Porã e Campo Grande atuaram nas reformas de delegacias da Polícia Civil e Uneis.

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