Dracco faz operação em Selvíria em investigação de corrupção em contrato sem licitação

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Nas ruas de Campo Grande, Coxim e Selvíria – nas regiões central, norte e leste de Mato Grosso do Sul –, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) busca, nesta quinta-feira (8), provas contra esquema de corrução para favorecer empresa de engenharia e consultoria da Capital, dona de R$ 11 milhões em contratos com várias prefeituras do Estado. O negócio foi parar na mira da Polícia Civil após contratação de R$ 930 mil, sem licitação, para gerenciar obras em Selvíria.

São ao todo, nove mandados de busca e apreensão. Em Campo Grande, um dos endereços vasculhados fica no Bairro Coronel Antonino. Policiais deixaram o local por volta das 7h30 com vários papéis. Os mandados de busca são cumpridos em endereços vinculados aos investigados e foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Três Lagoas.

A Operação Sem Disputa investiga crimes de peculato, contratação direta ilegal e lavagem de dinheiro, envolvendo a Secretaria de Obras de Selvíria.

Conforme apurado até agora, as suspeitas de irregularidade surgiram durante a análise do procedimento de inexigibilidade de licitação para contratar a empresa que prestará os serviços. A escolha aconteceu em 5 dias, “celeridade anormal” na tramitação do processo que isenta a prefeitura de abrir concorrência para outras empresas, segundo a investigação. O Dracco desconfia que houve “ajustes prévios” para que o alvo entregasse proposta dentro do que era exigido.

Os recursos para a contratação da empresa são de contrato da administração municipal com a Caixa Econômica Federal por meio do programa Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento).

“Ao serem questionados, servidores públicos envolvidos no processo de licitação e contratação apresentaram divergências, reforçando as suspeitas de irregularidade no processo de inexigibilidade”, também informou o Dracco em nota.

A empresa suspeita tem natureza jurídica individual de responsabilidade limitada, com capital social de R$ 200 mil, mas desde sua criação, em 2015, “ganhou” vários contratos com prefeituras do interior, para executar obras por um total de R$ 11.804.947,05. A investigação suspeita que haja outras manobras para favorecê-la em concorrências públicas.

A Operação Sem Disputa conta com o apoio do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) e dos SIGs (Serviços de Investigações Gerais) de Três Lagoas e Coxim.

 

Com informações do Campo Grande News
Foto: Izabela Cavalcanti

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