Ação busca reduzir prejuízo causado pelo carrapato na pecuária

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Durante a ExpoRochedo pesquisador aponta o impacto do parasita na bovinocultura de corte e leite

Com um impacto econômico anual superior a 3,2 bilhões de dólares, o carrapato bovino é um dos principais desafios da pecuária brasileira. É o que destacou o biólogo pós-doutorando da Embrapa, Leandro Higa, durante o circuito de palestras da ExpoRochedo, nesta sexta-feira (22). Durante o evento, ele abordou o controle estratégico, apontado como a principal solução, pontuando que a ação vai além do uso de acaricidas. Ele envolve o monitoramento constante do rebanho para identificar os períodos mais críticos de infestação, a rotação de princípios ativos para evitar a resistência dos parasitas e a combinação de métodos químicos, biológicos e vacinas.

O pesquisador destacou a necessidade de um manejo estratégico e personalizado, combinando métodos químicos, vacinas e alternativas biológicas. Entre as ferramentas apresentadas, o biocarrapaticidograma, disponibilizado gratuitamente pelo Museu do Carrapato da Embrapa, onde são analisadas as amostras do parasita entregues pelos produtores rurais para identificar os produtos mais eficazes, evitando desperdícios e promovendo sustentabilidade.

“A escolha dos produtos deve ser feita com base em análises técnicas, como o biocarrapaticidograma, que ajuda a identificar os produtos mais eficazes para cada caso. Essa abordagem integrada, não só melhora os resultados no combate ao carrapato, como também evita desperdícios e promove maior sustentabilidade. O manejo correto é fundamental, especialmente considerando o impacto econômico causado pelas infestações”, ressaltou.

Além de provocar perdas de peso nos animais, o carrapato é vetor de doenças como a tristeza parasitária bovina, que pode ser fatal. “Altas infestações aumentam a presença de patógenos, debilitando o animal rapidamente”, explica.

Outras soluções incluem vacinas em desenvolvimento e produtos naturais, alternativas promissoras para um controle mais sustentável. No caso do gado leiteiro, Higa reforçou a importância de medicamentos de rápida ação, essenciais para evitar perdas na produção durante o período de carência.

O especialista ainda alertou para os perigos de práticas caseiras, que podem elevar os custos e aumentar a resistência do parasita. “A orientação técnica é indispensável para o sucesso no manejo”, concluiu.

A ExpoRochedo segue com sua programação nesta sexta-feira (22), com o 9° Leilão Top Leite MS. Nas atrações culturais haverá abertura das apresentações musicais gratuitas, além do parque de diversões e praça de alimentação.

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